O Divórcio de Adão e Eva - Reflexão
"Disse o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi" (Gênesis 3.12 - AEC).
Se, Gẽnesis 2. 21 a 25 é a descrição primária da união matrimônial do primeiro casal, Adão e Eva. Com certeza, Gênesis 3. 9 a 13 é não somente o princípio do conflito matrimônial, mas também a primeira intenção bíblica de divórcio.
A narrativa, emoldurada pela ação de Deus ao criar a mulher, tirando-a daquele que viria a ser, não só seu parceiro mas também, o mais intimo amante. E, cuidadosamente, adoranada pela primeira e mais profunda de todas as poesias declaratórios da cumplicidade e do amor conjugal. Foi, tão logo afetados pelos efeitos danosos do pecado, manchada pelas acusações e, consequente ruptura da relação matrimônial do primeiro casal. Noutras palavras, Adão e Eva passaram rapidamente da união para o divóricio.
Já parou para imaginar qual o resultado para a humanidade se Adão e Eva levassem a frente o pedido de divórcio?
Contudo, se Gênesis 3. 9 a 13 foi a mais triste notícia de separação já mencionada na história humana, Gênesis 3. 15 e 16 relata a mais importante, a mais bonita, e significativa restauração matriônial já registrada.
Em meio a dor causada pelo erro do pecado, envolvidos num cenário de juízo e condenação, Deus fez o primeiro casal em crise da história, sentir a primeira e mais salutar sentelha de esperança quando ao futuro. O texto diz:
"[...] em dor darás a luz filhos, [...]" (Gênesis 3.16b).
Aparentemente, diante de uma cena de atrito, acusações, pecado e separação, estas parecem ser palavras impróprias para o momento. Contudo, Deus, sabiamente, revela do modo mais direto possível qual seria o futuro e a salvação de ambos - a restauração da união matrimônial.
Embora separados pelas acusações, Deus une homem e mulher por meio da esperança da redenção. Pois é por meio da união de de ambos que "nascerá" a "Salvação".
Para Deus não haveria divórcio mas sim, restauração matrimônial. Para Deus não haveria separação mas sim, união - uma só carne. Para Deus não haveria morte, sem que antes podesse haver vida. A união de Adão e Eva ofereceu a humanidade esperança de vida.
Embora tenha sido enganada e levada ao pecado. "Todavia, será salva, dando á luz filhos, [...]" (1 Timóteo 2. 15).
Pr. Vítor Ribeiro
*AEC - Almeida Edição Contemporânea.
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