Dois pontos devem ser analisados aqui em relação a Criação:
1.
Quem?
2.
Quando?
a.
Ambas perguntas são de fundamental importância a
fim de compreender o que o autor de Gênesis esta tratando.
i.
A reflexão sobre tais perguntas deve,
necessariamente, nos levar a compreensão de que somos “fruto dos atos graciosos
de Deus”.
B.
O Deus da criação –
Mas quem é esse Deus? O texto responde: Ele é o Autor – o agente pessoal da criação.
i.
ELOHIM - O Deus transcendente (distante) de Gênesis 1;
ii.
YHWH – O Deus imanente (próximo) de Gênesis 2.
C.
A Criação – Fruto e objeto de seus
atos. Veio a existência por meio da vontade soberana de Deus e, não é, em
absoluto, parte dele. Contudo, resultado de sua vontade e foco de seu amor.
i.
Avaliada e classificada com “bom” (do hebraico - tov).
ii.
Coloca Deus como o sujeito por meio do uso da
palavra “criou”
(do hebraico – bara’).
D.
Sábado – Se, a criação é um ato gracioso
de Deus. Nosso única e suficiente resposta a essa “graça” deve ser a “gratidão”. Tal gratidão é
expressa por um coração que aceita reservar e respeitar o tempo que Ele separou
para estar “presente” junto a sua criação.
i.
As curas sabáticas
realizadas por Jesus é um prenuncio, um aperitivo, do que será o Sábado Eterno
na presença de Deus num mundo restaurado.
1.
Representa a pausa no sofrimento, na dor e na ansiedade
deste mundo.
E.
A Humanidade – O clímax da criação. Por que?
Porque somos a imagem e semelhança Dele.
i.
Tselem – “imagem” – refere-se a
forma física
humana;
ii.
Demut – “semelhança” – refere-se ás qualidades abstratas
comparáveis a Pessoa divina.
1.
“A noção hebraica da “imagem de Deus” deve ser
entendida no sentido integral da visão bíblica da natureza humana.”
F.
O dever da humanidade – Uma vez feito a
imagem e semelhança, possuindo caracteristicas físicas e qualidades semelhantes
a do Criador, sobre nós recai a responsabilidade de representá-lo por meio do:
i.
Cuidado com o ambiente (criação) – cultivando e
guardando;
ii.
Cuidado com a alimentação e;
iii.
Cuidado com o matrimônio – uma vez que o
matrimônio é um presente, amar, proteger e respeitar, são de responsabilidade
de ambos.
2.
Destacar
A.
A ideia de “cultivar” e “guardar”
não se aplica somente ao contexto do Jardim, mas também, deve ser aplicado a
todos os demais presentes que Deus deu ao homem. Logo, é de responsabilidade do ser humano cultivar
e guardar sua saúde e corpo, bem como o matrimônio.
3.
Aplicação
A.
Deus fez e avaliou sua criação e em sua opinião,
tudo era muito bom. O adventos do pecado aranhou a pintura do caráter divino em
sua criação. E, nós fomos afetados pela ação do inimigo. Contudo, o mesmo Deus
que trouxe a existência é capaz de recriar em nós sua imagem e semelhança. Isso,
se, compreendermos nossa finitude e pequenez e aceitar sua grandeza e soberania
em nossa vida.
Pr. Vítor
Ribeiro – Missão Global – AML
Comentários