O fundamento do governo de Deus - Comentário LES
Apocalipse 12.17
A. No jardim que está no Éden, Deus estabeleceu o alicerce de sua igreja. Esta, inicialmente, foi composta pelo primeiro casal, Adão e Eva. Ao serem levados a desobedecer a vontade de Deus, o inimigo logrou vitória ao criar separação entre Deus e o ser humano. Separação que é ilustrada por uma atitude de inimizade para com Deus. A fim de resolver essa situação, fez o Senhor a promessa de colocar inimizade entre a igreja (mulher e seu descendente) e, o inimigo (o dragão, antiga serpente). Ao entregar sua vida na cruz, Deus desfez a amizade entre a Igreja e o dragão (cf. Efésios 2:14 a 16), por essa razão o dragão ficou irado contra a mulher e foi fazer guerra contra o restante de sua descendência (cf. Apocalipse 12.17). Hoje o dragão está irado porque a igreja tem ensinado e se posicionado ao lado da verdade. Verdade está que é o fundamento da verdadeira adoração - Deus como o criador.
B. O Santuário e a Lei - A Bíblia nos revela o Santuário Celestial como a sala do juízo de Deus. Logo, se é neste local onde Deus julgará a todos, não é de se admirar que seja este, também, o local onde a Lei seja preservada e mantida.
- Seria de se admirar que no local onde advogado, juiz e réu se reúna para uma audiência, não houvesse, também, um exemplar da Lei.
- Assim, no Santuário, junto ao trono de Deus, seu caráter é revelado pela presença de Sua Lei.
C. A imutabilidade da Lei de Deus - João Wesley afirmou: “A lei ritual ou cerimonial, entregue por Moisés aos filhos de Israel, contendo todas as injunções e ordenanças relacionadas aos antigos sacrifícios e serviços do templo, nosso Senhor veio destruir, dissolver e abolir. [...] Mas a lei moral, contida nos Dez Mandamentos, e reforçada pelos profetas, Ele não removeu. Não era o objetivo de Sua vinda revogar alguma parte dela. Essa é uma lei que nunca poderá ser quebrada; que resiste, como uma testemunha fiel nos céus. [...] Cada parte dessa lei deve permanecer em vigor, sobre toda a humanidade, e em todas as épocas; não dependendo de tempo ou lugar; ou quaisquer outras circunstâncias, sujeitas a mudanças; mas da natureza de Deus e da natureza do homem, e da relação imutável para com um e outro” (John Wesley, O Sermão do Monte [Vida, 2012], p. 128).
D. O sábado e a Lei - Quando qualquer questionamento é apresentado sobre a validade da guarda do dia de sábado como parte da adoração a Deus, na verdade está sendo apresentado um questionamento quanto a vontade de Deus.
- Note, se, com raras exceções, dos dez, nove são ensinados e praticados quase que inconsciente, por que resistir ou insistir que um deles foi alterado?
- E caso tenha sido alterado ou abolido, por que Deus não nos revelou essa tão importante verdade?
E. A marca da besta - Ao longo da narrativa bíblica é construída uma base sob a qual, facilmente, é possível compreender que o inimigo de Deus deseja o que só é devido ao próprio Deus: autoridade e adoração.
- No Éden, o inimigo apresentou sua primeira tentativa ao convencer o primeiro de casal a desobedecer a Deus. Com isso desejou expressa "autoridade" para alterar a instrução divina.
- Ao mesmo tempo que, levando o casal ao pecado, fez com que deixassem de adorar (obedecer), a Deus para obedecê-lo.
- A mesma estratégia foi usada no deserto (Mateus 4), primeiro oferecendo a Jesus a oportunidade de desobedecer a Deus e, em seguida de render adoração (obediência), a ele.
- A última tentativa será pouco antes da volta de Cristo, onde autoridade e obediência mais uma vez será posto a prova. Os que se manterem fiéis aos Mandamentos revelaram aceitar a autoridade e obediência a Deus. Os demais, foram o mesmo ao próprio inimigo.
- O sábado revele a autoridade de Deus, pois Ele criou. E, nós chama a adorá-lo pois este dia "é sábado do Senhor, teu Deus".
F. As três mensagens angélicas - O último convite de Deus para o mundo marca, também, o último momento de relativa oportunidade de escolha para todos os professos seguidores de Cristo.
- Em meio a última mensagem, Deus estenderá graça e oportunidade de salvação. Os que pela fé escolherem Cristo serão salvos. Aquele que desistir, será deixado a sua própria sorte.
- Os comprometidos seguidores do Salvador não só terão fé “em” Jesus, mas também terão a fé “de” Jesus, que é uma fé tão profunda, tão confiante, tão comprometida, que todos os demônios do inferno e todas as provações da Terra não podem abalá-la. Essa fé torna possível confiar quando não se pode ver, crer quando não se pode raciocinar e esperar quando não se consegue entender. A “fé de Jesus” é um dom que recebemos pela fé.
Destaque:
A. O fundamento da verdade adoração está vinculado a reconhecer Deus como Criador e Juiz (cf. Apocalipse 14:6 e 7). Neste texto somos chamados a: temer, dar glorias e adorar a um único ser no universo: "Aquele que fez (criou)". Isso nos remete a Gênesis 1:1, pois no princípio um único ser é identificado como responsável, não somente pela criação mas também, pela manutenção de tudo, Deus. E, assim como age o Espírito Santo, nos convencendo do pecado, da justiça e do juízo, em Apocalipse 14:7, a primeira mensagem angélica, nos lembra que o convite final para adorar o Criador, da mesma forma, está ligado ao anúncio do juízo de Deus.
Aplicação:
A. O apóstolo Tiago afirma que quem "tropeça" ou deixa de obedecer a um dos Mandamentos de Deus, tropeça, em todos. Quando fazemos uma rápida avaliação avaliação nossa maneira de se relacionar com a Lei de Deus, veremos que, com considerável atenção, buscamos honrar e obedecer a todos, menos um, o 4°. Não por acaso o apóstolo, de ante mão, nos advertiu. Quem, deliberadamente, por livre escolha, deixa de obedecer a um, será culpado de todos.
Pr Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB
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