Missão em favor dos necessitados - Comentário - LES
Mateus 25.40
A. A quem diga que, em meio ao ministério terrestre de Jesus, não era sua prioridade atender as necessidades dos enfermos. Como se o que Ele realizou em favor dos doentes fosse um desvio de sua missão original. Contudo, não é isso que vemos em seu primeiro sermão registrado em Lucas 4.18. Neste Ele afirma ser parte de sua obra "restaurar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos.". Logo, atender aos enfermo e necessitados é uma a parte da missão deDeus em atenção às demandas daqueles que estão ao nosso redor.
B. A fé dos amigos - O ensino de Jesus nos desafia a amar e nos entregar a ponto de ajudar aqueles que não podem fazê-lo sozinho. Contudo, ajudar outros requer além de amor, tempo e disposição.
- No contexto em que vivemos, não nos importando em atender o que o outro precisa. Devemos aprender sobre o desprendimento e o amor abnegado de Cristo.
- Isso porque, se "importar" com o outro significa "trazer para si mesmo o que o outro tem passado ou enfrentado em sua vida."
- É mais do que ver a necessidade, é considerá-la como sendo sua.
C. Os métodos de Cristo - Embora a citação de Ellen G. White, no livro "A ciência do bom viver", p. 78, não seja uma citação retirada da Bíblia, sua composição resume, de fato, o modo como Jesus agia. E, sendo assim, torna-se um método a ser seguido.
- No entanto, o método por si só nos desafia não só agir como Ele agiu mas reagir como Ele reagia. Isso porque nem sempre devemos esperar que o outro reaja como desejamos. Ou seja, o que deve me motivar a agir em favor do outro não é que ele, depois, faço ou me dê o que eu espero.
- Isso porque, aí da que tenhamos o desejo de salvar (evangelizar, discipular e batizar), a todos, muitos, mesmo após terem suas necessidades atendidas, não aceitarão o convite de Cristo.
- No entanto, isso não deve ser para nós um impedimento.
D. Refugiados e forasteiros - A experiência de Abraão com os forasteiros, Israel no Egito e de Cristo e sua família no mesmo país, nos da o pano de fundo e contexto necessário para entender que assim como ocorreu nestas circunstâncias, devemos também agir em favor dos outros.
E. Ajudar os feridos - Como já mencionado, o início do ministério de Jesus foi marcado pelo forte desejo de atender as necessidades de todos. Essa preocupação foi transmitida a igreja primitiva e, deve se estender e se fazer presente hoje também.
- No entanto, o ponto de reflexão é saber o quanto de nosso tempo deve ser empreendido nesta tarefa, uma vez que nosso foco como discípulos é fazer discípulos?
- O exemplo de Jesus deixa claro qual deve ser nosso modo de pensar quanto a esse respeito: devemos empreender todo o esforço possível, bem como o tempo disponível a fim de ajudar a todos os que desejam. Do mesmo modo como nos envolvemos com a obra de evangelizar.
- Na verdade ambas as atividades devem ser feitas em conjunto. No final, parte dos que estão sendo atendidos também se converterão a Cristo. Mesmo que um outra parte não.
- Independente do resultado, ambas as obras devem ser desenvolvidas assim como Jesus as desenvolveu.
F. Amor maior - Fazer amigos com o principal intuito de apresentá-los a Jesus, seria algo negativo? Se alguém descobrir que nosso interesse em sua amizade é ter a oportunidade de lhe mostrar quem é Jesus, isso seria algo negativo?
- Muitos se aproximam de pessoas com o fim de levá-las para o mundo do crime, das drogas e até mesmo da prostituição. O cristão se aproxima de pessoas para lhes oferecer a salvação. Nossa amizade é e, deve ser por interesse, por interesse de salvar.
- Não há nada de errado em agir assim. Jesus fez o mesmo.
- O erro está em abandonar o novo amigo quando esse, não aceitar a Cristo. Nosso amor e amizade tem o objetivo de salvar, mas se nossos amigos não aceitarem a salvação de Cristo, ainda continuaremos amando-os, como amigos!
Destaque:
A. Devemos levar em consideração que nem todas as atividades ligadas a obra de Deus resultaram em pessoas alcançadas (batizadas). No entanto, à todos devemos ministrar tanto suas necessidades temporais e materiais, quanto suas necessidades espirituais. Caberá a cada um decidir aceitar ou não ambas as oportunidades estendidas a elas.
Aplicação:
A. Ao nosso redor, independente de quais sejam suas habilidades e recursos, sempre haverá alguém a quem podemos ajudar. Seja visitando, ouvindo ou ate mesmo investindo nossos recursos a fim de prover alimento, roupa, calçado ou remédios. A mais a fazer em favor dos que estão próximo a nós do que podemos imaginar. A religião pura é também aquela que se preocupa em salvar os que não tem interesse na salvação.
Vitor O Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB
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