Missão em favor do meu próximo - Comentário - LES

 Lucas 10.27

A. Assim como a fé, o amor, só pode ser verificado, se for demonstrado. Compreendendo que ambos os conceitos (fé e amor), não são, somente, sentimentos, ambos para ser verificados precisam ser materializados por meio de ações. Neste sentido, se digo que creio ou que amo, mas não pratico ações que possam demonstrar o que afirmo, minhas declarações se tonam vãs e sem sentido. Logo, no que diz respeito a vida cristã, tanto a fé como o amor, se não forem acompanhados de obras, ambos serão mortas.

B. A pergunta mais importante - Lucas 10.25 apresenta aquela que, para o cristão, é a pergunta mais importante: "O que fazer para herdar a vida eterna?"

  • Essa pergunta se torna relevante uma vez que entendemos que vivemos neste mundo com o objetivo de viver eternamente com Jesus. Nosso objetivo, enquanto cristão, não é permanecer neste mundo. Pelo menos não da forma como ele se encontra hoje. 
  • Ao mesmo tempo, é igualmente importante por que nos oferece a oportunidade de entender que há uma parte a ser desempenhada por nós no processo de salvação.
    • Logo, se há uma parte a ser "feita" por mim, no processo de salvação, que parte é essa?

C. O método e a resposta de Jesus - Se há uma parte, no processo de salvação, que preciso "fazer", igualmente, preciso saber qual é. A fim de chegar a essa resposta Jesus usou o melhor método ligado a aprendizagem: a pesquisa individual.

  • Ao questionar o conhecimento do interprete da Lei, sobre o que esta escrito e como ele entendia (interpretava), Jesus mostra que nem sempre apresentar respostas prontas será o melhor método de ensino. Há ocasiões que a pesquisa e o "exame" das Escrituras será a melhor maneira de levar as pessoas a ter contato com a Palavra de Deus e, de modo individual, descobrir as verdades contidas neste livro.

D. Para herdar a vida eterna - Em se tratando da construção do saber e da busca por conhecimento e respostas, devemos levar em consideração, pelo menos no cristianismo, que, muito do que questionamos já sabemos e temos a resposta. Jesus sabia disso.

  • Por isso, ao conversar som o interprete da Lei, a estratégia de Jesus foi fazê-lo, refletir e buscar dentro de seu próprio conjunto de conhecimento, qual a resposta para a sua pergunta.
  • Noutras palavras, o interprete da Lei já sabia a resposta para a pergunta que fez. 
  • Ao mesmo tempo, já sabia também o que deveria fazer com o conhecimento que possuía.
    • Sua pergunta foi motivada pela indisposição de agir, de modo prático, da maneira como deveria.
      • Mais do que saber a resposta, Jesus o provocou a colocar em prático o que sabia: o amor ao próximo.

E. Amor aos outros como a nós - É fato que, quem não tem não pode dar. Isso é igualmente verdade em relação ao evangelho. Não somente quando lidamos com os aspectos de conteúdo e conhecimento, mas também, no aspecto da prática deste conteúdo e conhecimento. 

  • Isso ocorre por que a prática do conteúdo ou conhecimento envolve a demonstração de amor por aqueles que Deus deseja salvar. 
  • Assim, é possível que alguém tenha muito conteúdo ou conhecimento para ensinar, contudo, se não tiver amor, de nada irá adiantar. 

F. Uma história atual - A história do bom samaritano é,  sem dúvida alguma, um dos mais simples, profundos, paradoxal e ao mesmo tempo, atual dos diálogos registrados na Bíblia. Ali, Jesus e o interprete da Lei desenvolvem um dos mais filosóficos temas do cristianismo. Isso por que o encontro revela o desejo pelo "conhecimento". 

  • No entanto, não é difícil notar que, em meio a perguntas Jesus pôde ajudar o interprete a chegar a uma importante conclusão: embora tivesse conhecimento era necessário ir além dele.
    • Saber o que fazer é de fundamental importância. Contudo, fazer o que sabe ser de nossa responsabilidade, é o que mostra de fato a essência do nosso cristianismo. 

Destaque:

A. Sabemos pela Bíblia que a salvação só pode ser obtida pela graça, mediante a fé. Sendo assim, as obras não são o "meio" pelo qual seremos salvos, mas sim, a "demonstração prática" de que já aceitamos a graça divina e cremos que Jesus já fez o necessário para nossa salvação. Isto, embora nos revele que as obras não salvam, deve, igualmente, nos convencer de que elas (as obras), são o modo pelo qual demonstro que aceito e creio no que Cristo fez por mim. Logo, as obras que pratico são o resultado da salvação que recebi, uma demonstração pública e prática de que aceitei a salvação por meio de Jesus.

Aplicação:

A. No diálogo com o interprete da Lei Jesus destacou que o "amor" à Deus e ao próximo configuram as obras que Deus espera que pratiquemos a fim de demonstrar a salvação que pela grama, mediante a fé, recebemos da parte de Deus. Assim, fica claro que para herdar a salvação é preciso amar. Isso por que o amor implica em "entrega" (cf. João 3.16), ao mesmo tempo que, implica em "obediência" (cf. João 15.10 e 1 João 5.2 e 3). Naturalmente, quem amar a Cristo se entrega e, se empenha em obedecer a sua vontade expressa na Palavra de Deus.

Pr Vítor O Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB

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