Compartilhando a Missão de Deus - Comentário da LES

 João 13.34 e 35

A. Tão certo como todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário, todo verdadeiro missionário só será bem sucedido se em primeiro lugar se dedicar a ser um intercessor. Assim como o Grande Mestre instruiu em Lucas 10, o primeiro passo para todos os que desejam alcançar êxito na obra de Deus, precisar saber a importância de gerir um vida de "oração" em favor dos que deseja alcançar. Abraão é nosso exemplo neste, importante, fator da vida cristã. Ele orava a Deus pelo povo de Sodoma e Gomora e, frente a realidade do juízo divino, viu a oportunidade de interceder por eles e, em especial, pela família de seu sobrinho Ló.

B. O dom da hospitalidade - A narrativa bíblica nos mostra que em certa medida, o povo do Antigo Testamento compreendia a importância de ser hospitaleiros. Não raro nos deparamos com um personagem que se dispôs a atender a um estranho.

  • Esse ato não está somente ligado a oferecer pouso para o estrangeiro, mas envolve também, atender as necessidades que houver. Ou seja, aquilo que for mais necessário para o momento.
    • A atitude de Abraão ao se dispor a atender aos estrangeiros mostra que ele entendia sua missão: demonstrar o caráter de seu Deus por meio da assistência aos necessitados.

C. O amor de Abraão por todos - A narrativa do anúncio de juízo sobre Sodoma e Gomora revela uma característica daqueles que desejam se envolver na Missão de Deus: a prática da oração intercessoria. 

  • Primeiro ponto destacado deste relato é que Deus nunca trouxe ou trará juízo sem oferecer antes disso um período de graça. Antes de anunciar a destruição, veio o anúncio da graça (oportunidade de saírem da cidade).
  • Segundo ponto é que frente ao anúncio do juízo, Deus estende também a oportunidade de intercessão. Elemento importante e, sempre, presente em meio ao anúncio de juízo. 
    • Abraão se aproveitou inteligentemente dessa oportunidade.
  • Terceiro ponto, Abraão se apoiou em um poderoso argumento em seu processo de intercessão: na justiça. De Deus e de seus representantes.
    • A Bíblia deixa claro que a justiça do justo não justifica o ímpio. Contudo, Abraão sabia que a presença de um justo da oportunidade de salvação para os injustos. Por isso a intercessão.

D. O espirito de oração de Abraão - A oração é uma das principais características de um pai. Na Bíblia a figura de Deus como nosso Pai, por vezes, está associada a oração. Pois Ele é um pai que ouve seus filhos por meio da oração.

  • Na vida da Abraão, como o "pai de uma grande nação",  não poderia ser diferente. Sua vida está ligada a prática da oração. 
  • A oração de Abraão tinha, em resumo, dois objetivos:
    • Comunhão pessoal com seu Deus e;
    • Apresentação daqueles que amava perante Deus.
      • Este patriarca valorizava a comunhão com o Criador e, sabia que por meio de sua comunhão poderia colocar sob os cuidados de Deus, por meio da oração, aqueles que o Senhor desejava salvar.

D. A missão de Abraão - Frente ao esforço empreendido por Abraão, intercedendo pelas cidades condenadas, devemos nos perguntar: Valeu a pena? Visto que somente quarto pessoas saíram da cidade e, somente três,  realmente se salvaram. 

  • Sem dúvida alguma, a resposta a pergunta acima é "Sim". Valeu a pena. 
    • Como servos de Deus, envolvidos numa obra que requer decisão pessoal, devemos estar ciente de que nem todos aceitarão o convite para deixar o mundo e se submeter a vontade divina. 
    • Noutras palavras, nem todos se salvarão. No entanto, nossos esforços devem ser dirigidos a todos.

E. Submissão à vontade divina - Como apresentado até aqui, fica claro que a participação humana na obra de Deus requer, antes de tudo "submissão".

  • A própria ênfase da palavra sugere que estamos nos envolvendo numa missão que não nos pertence, não é nossa e, da qual não somos chamados para administrar ou gerir. Nela somos unicamente trabalhadores (cf. Lucas 10). 
    • Deus tem uma obra/missão e nós nos envolvemos nela a fim de que essa obra seja feita em nós e, apartar de nós.
    • Cristo é a cabeça da igreja e o Senhor da Obra.

F.

Destaque:

A. Se compreendemos que somos participantes da Obra que Deus está a realizar no mundo, precisamos estar ciente de que Ele é o Senhor da obra. Logo, nosso ligação com Ele deve ser constante e ininterrupta. Nós comunicamos com Ele para sermos capacitados, para lhe pedir orientação e conselhos, para lhe apresentar nossas intenções, para lhe apresentar os desafios e principalmente os nomes daqueles a quem desejamos que Ele alcance e transforme/salve. Tudo nesta obra depende de Deus e Ele precisa estar presente em cada fase do processo. Assim, todos que se engajam nesta obra precisam ser pessoas de oração - intercessores intencionais.

Aplicação:

A. Em João 15 o apóstolo registrou uma importante exortação divina: "permaneçam em mim.". Isso implica dizer que na obra empreendida por Deus para nós salvar e por meio de nós salvar outros, permanecer em comunhão constante com o Senhor da obra é vital. A forma mais eficaz de cumprir esse importante requisito é por meio da oração. Ser uma pessoa de oração não é uma qualidade é uma necessidade. E, orar por aqueles que desejamos colocar sob os cuidados de Deus é parte da obra delegada a nós.

Pr Vitor Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB

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