Um Deus apaixonado e compassivo - Comentário LES
Isaías 49:15
Você é uma pessoa emotiva? Sensível e que transparece seus sentimentos? E Deus, será que Ele é um ser emotivo? A Bíblia nos assegura que sim e, mais do que isso, revela que Deus é apaixonado e compassivo no trato com Sua criação, em especial, com os seres humanos. Estes, criados a semelhança de Deus, trazem consigo traços das emoções manifestas por Deus. No entanto e, infelizmente, a maneira como os seres humanos sentem, agem e reagem as emoções não é da mesma maneira como o Senhor o faz. Nossa forma de sentir e demonstrar nossas emoções foram corrompidas e modificadas pela desobediência. No entanto, Deus revela Suas emoções por nós de modo equilibrado e santo. Motivo que nos convida a aprender com Deus a como gerir e revelar nossas emoções tanto para com o Senhor, bem como, para com o semelhante.
Objetivo: Compreender que Deus tem e manifesta suas emoções. No entanto, de um modo perfeito e equilibrado.
A. Maior que o amor de mãe - Nada deveria ser mais forte do que o amor de um pai e uma mãe por seu filho, por isso a Bíblia usa esse relacionamento e o amor nele expresso como forma de ilustrar o amor de Deus pelos seres humanos.
- Textos como Salmo 103 e Isaías 49:14 a 16 revelam de modo tremendo a natureza divina em contraste com a natureza humana.
- Nos ajudando a compreender, de modo ainda mais nítido, o amor revelado de Deus por nós.
- Isso porque o amor e compaixão de Deus pelo ser humano, ultrapassa em muito, o amor de pai e mãe. E, por que?
- Porque ainda que um pai e mãe possam rejeitar um filho Deus nunca rejeitará o ser humano. Enquanto houver vida e possibilidade de restauração e salvação Deus empreenderam todos os recursos para converter o coração e restabelecer a relação com o ser humano.
B. Amor angustiante - Certa vez conheci uma mãe que enfrentava um terrível dilema. Seu filho havia se entregado as drogas e com isso estava sofrendo muito com isso. Em meio a seu próprio sofrimento ele fazia sofrer também sua mãe. Sua dependência já o havia levado a roubar a própria casa para manter o vício. Numa noite, a mãe me procurou e me fez uma pergunta: Pastor, seria correto eu mandar meu filho embora de casa? Ela já não sabia mais o que fazer. Confesso que não tive resposta. Minha atitude foi convidá-la a orar por uma semana e pedir a direção de Deus para a decisão que ela deveria tomar. Ao final daquela semana nos encontramos e perguntei qual tinha sido a decisão. Com alegria nos olhos ela disse que havia decido mantê-lo em casa. Que decisão.
- A Bíblia revela que assim ama o Senhor o ser humano. E o livro de Oséias ilustra esse amor.
- No capítulo 11 Deus revela seu amor por nós como um pai por seu filho.
- No capítulo Deus e revelado como um pai que, por amor, ensina seu filho a andar, pega seu filho nos braços, cura suas feridas e prove o seu sustento.
- O problema, é que esse filho não valoriza o amor do pai e por vezes se mostra rebelde. Preferindo o amor de outros ao invés do amor de Deus.
C. A compaixão de Jesus - Sendo ambos um dos Deus, a Bíblia revela que as mesmas emoções e sentimentos apresentados por Deus no Antigo Testamento, são também, manifestados por Jesus no Novo Testamento.
- Mateus 9:36 é um exemplo disso.
- Jesus, ao observar seu povo, se compadece, pois os via como ovelhas aflitas e sem pastor.
- Mas do que isso, Jesus não somente enxergava, mas estando no meio delas, era levado a atendê-la em suas necessidades.
- A obra que Jesus veio realizar tinha como objetivo livrar Seu povo do poder do pecado. Contudo, livrá-los das consequências do pecado se tornou tão necessário quanto urgente.
- Jesus não poderia ser tão insensível ao ponto de perdoar o pecado e não reparar as consequências do pecado na vida de alguém. Era inconcebível e inaceitável essa atitude.
- Logo, para nós, seguidos do exemplo e da vida de Jesus, não podemos, em hipótese alguma, pretender levar as pessoas a conhecer o Jesus que perdoa pecados e liberta sem, ao mesmo tempo, apresentar-lhes o Jesus que mostra o comunhão para a cura física, psicóloga, emocional, familiar, matrimonial, econômica, etc.
- Devemos, como Jesus, laborar para aliviar o fardo de todos e em todos os sentidos.
D. Um Deus ciumento - como entender um ser santo e perfeito manifestar sentimentos de ciúme?
- Em primeiro lugar devemos ter em mente que não podemos avaliar Deus por meio de parâmetros humanos.
- Quando nos referimos a Deus, estamos tratando sobre um ser santo e destituído das deformidades de caráter presentes no ser humano após o pecado.
- Quando tratamos sobre o ciúme humano, está está ligado a ideia negativa de possessividade, que leva a agressividade e, muitas vezes, a morte da pessoa envolvida.
- No caso de Deus é completamente diferente.
- O ciúme de Deus está ligado a ideia de entrega. A entrega de Deus para estabelecer um relacionamento fiel e exclusivo com Seu povo.
- Nesta relação é Deus quem morre a fim de que Seu povo, objeto de Seu amor, seja salvo.
- Por fim, o ciúme de Deus está ligado a zelo e cuidado, não a possessividade, agressividade e violência contra o outro.
E. Compassivo e apaixonado - Como é bom saber que Deus nos ama generosamente, abundantemente, incondicionalmente e de forma compassiva. Que bom saber que Ele expressa seu amor e se preocupa em atender as nossas mais íntimas necessidades.
- Contudo, Ele nos ama para que possamos seguir Seu exemplo.
- Logo, fica a reflexão:
- Estamos amando a Deus em resposta ao Seu amor por nós?
- E, estamos amando o próximo assim como temos sido amados por Deus?
- Ser amado é muito bom, mas somos chamados a retribuir esse amor à Deus e refletir esse amor ao próximo.
- Nisto consiste a prática da vida cristã.
- E, só é possível, estando em comunhão e submissão ao poder do Espírito Santo de Deus.
Destaque:
A. Embora Deus nos ame com amor que ultrapassa o amor de um pai e de uma mãe, Deus é justo. O trato de Deus com seu povo é um poderoso exemplo dessa realidade. Com amor incalculável Ele nos ama, mas com justiça inflexível Ele nos julga.
Aplicação:
A. Imagine se pudéssemos sentir e revelar nossas emoções assim como Senhor faz. Quantas relações seriam iniciadas, mantidas e fortalecidas. Ao mesmo tempo, imagine a quantidade de dificuldades e problemas de relacionamento seriam evitados ou até mesmo corrigidos. Devemos aprender a gerir e revelar nossas emoções com Deus e assim, nos tornarmos mais semelhante a Ele.
Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Jaíba - MMN - USeB
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