Ester e Mordecai

Isaías 49.6

A. Ao longo do tempo, já no contexto dos escritos do Pentateuco (Deuteronômio 28), fora informado ao povo de Deus que a desobediência a vontade do Senhor resultaria em prejuízos para a nação. Dentre os prejuízos previstos, o cativeiro (privação da liberdade), era o "castigo" final. Esse "castigo", foi infligindo ao povo de Deus em duas etapas, primeiro em 722 e depois em 605 a.C.. Ainda assim Deus não abandonaria seu povo, por meio dos profetas não somente enviou mensagens de paz e esperança, mas também, de prosperidade (cf. Jeremias 29). Essa prosperidade foi real e, talvez, o motivo pelo qual, muitos judeus preferiram permanecer nas terras do cativeiro ao invés de retornarem para Judá. Dentre os que preferiam permanecer estavam Mordecai e sua prima Ester.  Haveria alguma missão ou propósito a ser desempenhado por eles ainda neste local?

B. Cativo em uma cultura estrangeira - Onde é mais fácil ser fiel ao Deus da Bíblia? No céu ou na Terra?

  • Daniel e seus amigos, em contraste com o rei Jeoaquim revelam que independe o local em que vivemos, o que nos torna fiéis não é o ambiente, mas sim sua relação com Deus.
    • Imagine viver num lugar onde todos são Adventistas. Isso ajudaria você a ser mais obediente a vontade de Deus?
C. Vivendo num ambiente estrangeiro - Ate aqui, no estudo sobre a missão de Deus e a nossa missão, analisamos como deve ser o desenvolvimento da missão evangélica oferecendo a mensagem de Cristo aos estrangeiros que vivem entre nós. Contudo, agora o contexto é diferente. O livro de Estre inverte o contexto ao apresentar judeus vivendo como estrangeiros entre os Persas.
  • Neste contexto e, conhecendo a história de Ester, devemos nos perguntar: Quando seria prudente expor, de modo aberto, nossa fé, quando nos somos os estrangeiros?
    • Com base na história de Daniel e seus companheiros, vemos que eles revelaram sua posição e fé ao serem colocados diante de uma situação que os colocaria em franca oposição a vontade de Deus. 
      • É fato que os babilônicos já sabiam quem Daniel e seus amigos eram judeus, contudo, os jovem se manifestaram de modo mais intenso, ao serem chamados a desobedecer a vontade de Deus.
D. O testemunho de Mordecai - Devemos considerar que sempre, independente do contexto ou ambiente em que vivamos sempre enfrentaremos oposição. Esse foi o caso com Mordecai.
  • No entanto, devemos levar em consideração que ao ser identificado como judeus, não somente Mordecai, mas todo o povo, mesmo vivendo num ambiente onde não deveriam estar, permanecerem vivendo de acordo com os preceitos da Palavra de Deus.
    • Assim, o modo de vida daqueles que permaneceram no cativeiro, se mantiveram vivendo em plena obediência a vontade expressa de Deus.
      • Mordecai não passou a ser fiel após ser oprimido pela perseguição. Ele era fiel, por isso sofreu perseguição. 
E. Para um tempo como este - Ao ser colocado sob perseguição, Mordecai deixou claro para sua sobrinha, a rainha Ester, que, em se tratando de perseguição ao povo de Deus, não há terreno neutro ou zona de conforto. Todos, igualmente, serão afetados. Pelo menos todos que se mantiverem fieis.

F. O milagre do Purim - Embora não seja explicito a presença ou participação divina em meio aos eventos do livro de Ester, é possível ver Deus por meio da vida e das ações realizadas por cada um daqueles que ofereceram a vida para obedecer a vontade divina. 
  • Embora o nome de Deus não seja mencionado no livro de Ester, o mesmo Deus é revelado por meio da vida da rainha, de seu primo (tio) e, do povo fiel que permaneceu obediente á Palavra de do Senhor.
Destaque:
A. A história de Daniel e seus amigos, cativos em Babilônia revela algo muito importante para a vida cristã: não importa o ambiente em que você esteja, sua fé e obediência a vontade de Deus, dependerá da relação que você tem com seu Deus.

Aplicação:
A. Certa vez me perguntaram se haveria possibilidade de o ser humano voltar a pecar depois que estivermos com Deus na eternidade. Levando em consideração que tal assunto não nos foi revelado, podemos, unicamente, conjecturar. Contudo, creio que sim. Isso com base na constatação que o primeiro casal desobedeceu ainda estando no paraíso. O fato é que não é o ambiente que nos leva ou não ao pecado (desobediência). O que nos leva a pecar é a qualidade de nossa relação com Deus. Se nos aproximamos do Senhor a ponto de nos render a sua vontade, de modo completo, o obedeceremos. Caso não seja essa nossa realidade, nossa relação não será de obediência, seja vivendo na Terra ou no céu.

Pr Vítor O Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB


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