Temam a Deus e deem glória - Comentário LES

Apocalipse 14.12

A. É notório que o livro de Apocalipse é um anúncio da graça de Deus. Ao mesmo tempo, é também um chamado a desenvolvermos nossa "relação" de submissão, rendição e entrega, por meio da "obediência". Essa obediência, refere-se também a prática de seus Mandamentos, mas vai além disso. Envolve colocar Deus em primeiro lugar e se dispor de si mesmo e de seu egoísmo. O chamado apresentado pelo anjo de Apoc. 14.7 é um convite para entrar em um relacionamento real e significativo com o Criador.

B. Temam a Deus - Embora o "temor" a Deus facilmente possa ser associado a "medo", na Bíblia a ênfase não é esta.

  • O "temor" está associado ao ato de "obediência irrestrita e completa".
    • Mais facilmente, compreendemos esse conceito ao associar o "temor a Deus", com os textos de Gênesis 22.12 e Eclesiastes 12. 13 e 14. Aqui a idéia de "temor" está ligada a obediência a vontade de Deus, ou, obediência a sua Lei.

C. Temer e obedecer a Deus - O temor a Deus está ligado ao exercício de compreender sua vontade, como expresa na Bíblia e, exercer a obediência a essa mesma vontade. 

  • Logo, há uma relação direta entre "temor" e "obediência". 
    • Para àqueles que compreendem que a morte de Jesus na cruz nos liberta da responsabilidade de obedecer sua Lei, a mensagem bíblica adverte do contrário.
      • Jesus se fez homem a fim de nos convencer que, pela graça de Deus e o poder do Espírito, é possível viver uma vida de submissão a vontade de Deus. Por consequente, obedecer sua Lei. 
        • Devemos estar certos de que Jesus não cumpriu a Lei como forma de nós liberar desta responsabilidade. Pelo contrário, Ele viveu uma vida de obediência para nós dar o exemplo. 

D. Uma vida centrada em Deus - Como fazer Deus o centro da vida? Talvez essa seja a pergunta mais importante a ser feita. Principalmente, no momento que vivemos. Onde a satisfação dos desejos e a exposição pessoal se tornou algo tão comum.

  • Tornar Deus o centro não se refere a abdicar da vida social e viver enclausurado num local isolado, tendo a Bíblia e só a Bíblia por companhia. Nem tão pouco, viver vinte quatro horas em oração e jejum.
    • Fazer de Deus o centro é render a vida a sua vontade. Obedecer sua Lei e, preencher nossa mente de sua orientação. 
    • É ter a Bíblia como guia, a oração como terapia e Jesus como exemplo. 
    •  E, não é se afastar da sociedade, mas viver nela sem ser influenciado por ela. 

E. Dar glória a Deus - Frente ao imperativo divino de render glória a Ele, nos vem a pergunta: Como glorificar um Ser glorioso?

  • O apóstolo Paulo responde essa pergunta ao afirmar que "tudo o que fazemos com nosso corpo, pode glorificar a Deus". 
    • Mesmo com o que comemos ou bebemos podemos glorificar a Deus.
      • Isso porque se obedecemos a vontade de Deus no uso e cuidado de nosso corpo estamos glorificando aquele que nos criou.
        • Logo, mesmo com nosso estilo de vida e alimentação podemos e devemos glorificar a Deus.

F. Os vencedores - Apocalipse 14.12 afirma que a vitória será creditada, pela graça, mediante o exercício da "fé em Jesus" (ARA). 

  • O texto coloca em destaque dois fundamentos que garantirão a vitória:
    1. Obediência e;
    2. Fé.
    • De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia nos ensina aspectos importantes sobre a "teologia da substituição". Que se explica pelo fato de merecermos a morte eterna e Jesus ter nos substituído. Morrendo em nosso lugar.
    • Com isso, Ele que deveria viver morre e, nos que deveríamos morrer temos vida.
      • No entanto, essa vida só será nossa se pela "submissão, obediência e fé" confiarmos no que Jesus já fez e está fazendo por nós. 
      • É deste exercício de "submissão da vontade, obediência aos mandamentos e fé na obra de Jesus", que alcançamos a vitória.

Destaque:

A. Não há nada mais forte e significativo que possa caracterizar a relação íntima e submissão a Deus do que à obediência a sua vontade. Essa obediência representa relacionamento, compromisso, fé, confiança e rendição. 

Aplicação:

A. O chamado de Deus em Apoc. 14.7 para adorar o Criador, é em última instância um apelo para deixarmos de lado o "eu" e nos entregarmos a Deus. É o último convite para adorar o Criador e não a criatura. Obedecer a Deus e não a nós mesmos. Fazer a vontade dele e não a nossa.

Pr. Vítor Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB  

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