A boa notícia do juízo - Comentário - LES
Apocalipse 14.7
A. O fato do pai estar chegando em casa, após um dia longo de trabalho, pode ser encarado de modo diferente pelos filhos. Se o filho passou o dia em desobediência, a chegado do pai é o momento de ser reprovado e, quem sabe castigado, pelos erros que cometeu. Já para o filho que passou o dia, buscando obedecer, o momento de se reencontrar com o pai, é um momento desejado. O mesmo se aplica a vida espiritual. A maneira como desenvolvemos nosso dia a dia determinará nossa expectativa quanto a volta de Jesus e o juízo de Deus. Um contraste entre alegria e medo.
B. A hora do juízo - Embora, nossa mente, temerosa e finita, não possa divisar, o juízo é, também, um momento "didático" e esclarecedor. Isso porque, como afirma Daniel 7.10 e Eclesiastes 12. 13 e 14 neste momento, de modo minucioso, todos os nossos atos e palavras serão revisados por meio dos Livros de registro, mantidos por Deus.
- Logo, tanto para o réu, como para os demais membros presentes nesse julgamento, não restara dúvida sobre nosso destino.
- Se consideramos com atenção a obra a ser realizada pelo Espírito Santo, ao ser enviado como nosso "Consolador" (cf. João 16.8), entenderemos que Ele veio para nos "convencer do nosso pecado".
- Tal ação nos dará completa ciência sobre nossos atos e palavras.
- Assim, seremos capazes de declarar como Davi (Salmo 51.4), que conhecemos todos os nossos erros e pecados.
C. O diálogo entre a justiça e misericórdia - Nossas obras (palavras e ações), tem papel relevante no juízo. Como é dito: nossas obras não podem nos salvar, mas revelam se de fato aceitamos e cremos na salvação alcançada por Cristo em nosso favor.
- Isso porque, no julgamento de Deus, com base em nossa vida imperfeita, a justiça pede nossa condenação. No entanto, com base na vida justa e perfeita de Cristo, mediante a fé depositada Nele, a misericórdia pede nossa absolvição.
- No final, a graça e a fé, somada ao amor e misericórdia divina triunfam no juízo.
D. A cena do juízo - Se de fato cremos na sólida inspiração divina das páginas da Bíblia, podemos, do mesmo modo crer que o desenrolar dos eventos descritos em Daniel e Apocalipse, de fato ocorrerão como apresentados.
- Sendo assim, a vontade de Deus será soberana e a justiça, e a verdade triunfará no final.
E. Um porta no céu - Ao retornar ao céu após sua vitória na cruz, Jesus, agora assume sua posição e função de representante do povo fiel por meio das obras do Sumo Sacerdote. Essa função é apresentada não somente em Apocalipse mas também em 1 Timóteo 2.5 e Hebreus 4.16.
- Contudo, de modo especial, em Hebreus 2.5 assim como Apocalipse 4.2 há um convite para se aproximar do trono de Deus.
- Esse convite, no caso de João lhe dará acesso não só as cenas futuras mas também, a graça presente de Deus.
- Isso nos mostra que ao nos aproximar de Deus recebemos revelação quanto ao futuro, mas também, graça e auxílio para o momento presente. Pois Jesus está intercedendo por nós.
F. Jesus é digno - A quem pense que o ministério de Cristo se encerra na cruz. No entanto, ao observar o antigo sistema litúrgico cerimonial do Templo, vemos que após o sacrifício do Cordeiro ser concluído iniciava a obra do Sumo Sacerdote. Oficializando sua obra, no lugar Santo e Santíssimo.
- De igual modo, Jesus ao consumar sua obra na cruz, sobe para o Pai a fim de apresentar seu sangue como garantia de salvação e receber a aprovação divina.
- É nesse momento que Jesus é declarado "digno".
- O Cordeiro que havia morrido, vive e agora inicia sua obra final de intercessão e mediação em favor de todos aqueles que creem em seu Nome.
Destaque:
A. Frente ao mundo em que vivemos, de injustiça, corrupção e incerteza, a mensagem de que Deus irá presidir o julgamento final desta terra não deve nos causar espanto ou medo. Pelo contrário, pela fé em Jesus, devemos ter esperança e alegria pois a justiça será feita. E, todos aqueles que se agarraram a justiça de Cristo, serão declarados justos.
Aplicação:
A. Quatro coisas trazem alegria, esperança e paz ao coração do réu frente a um tribunal:
- Conhecer seu próprio caráter e conduta;
- Conhecer a lei, com base na qual será julgado;
- Conhecer o advogado de defesa e;
- Conhecer o juiz.
Isso, em nada tem a ver com a possibilidade de ser favorecido ou privilegiado de modo ilegal. Pelo contrário, tem a ver com o fato de que se há conhecimento, há relacionamento. E, se há relacionamento há obediência e confiança.
Pr. Vítor Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USEB
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