O evangelho eterno - Comentário LES
Apocalipse 14.6
A. Apocalipse 14.6b evoca a ideia de uma mensagem que precisa ser apresentada ao mundo no contexto final da história da Terra. Essa mensagem embora apresentada no momento presente tem características ligadas à "eternidade", por isso chamada de "evangelho eterno". É evangelho pois se trata de uma boa notícia. E, é eterno por se tratar de uma verdade que vem sendo apresentada deste os tempos eternos. O centro desta mensagem é a necessidade de "ouvir". Assim como o "Shemá" é um chamado para dar atenção a uma verdade sobre Deus. A primeiro mensagem angélica é um convite para "dar ouvidos" a uma verdade sobre Deus em nossos dias.
Vale destacar que no hebraico a palavra "Shemá" não é só ouvir, mas também "obedecer".
B. Esperança e graça - Se consideramos com atenção veremos que o livro de Apocalipse e sua mensagem é repleto de graça.
- Primeiro porque Jesus cumpri sua promessa (cf. Mateus 28.20). Ao se revelar a João em Patmos e lhe apresentar a forma como acompanha e acompanhará a igreja ao longo da história.
- Segundo, por apresentar uma mensagem de esperança para os fiéis.
- Mas além de tudo isso, o mais importante é que o livro trata sobre um "Juízo Anuncido".
- Assim, por ser "Juízo", trata-se de condenação, mas também de "absolvição". E, por ser "Anúnciado", trata-se de "oportunidade e graça".
- Em Apocalipse ninguém será pego de surpresa. O anúncio antecede o juízo.
C. Evangelho Eterno - Por que um Evangelho Eterno?
- Porque foi elaborado antes da criação do homem e;
- Porque vem sendo anunciado ainda quando o homem estava no Éden (cf. Gênesis 2. 16 e 17; 3.15).
- Há neste plano 3 aspectos cruciais:
- Nascimento de Jesus;
- Morte de Jesus e;
- A ressurreição de Jesus.
- O plano da salvação não seria completo se uma destas parte fosse omitida (não realizada), ou prejudicada. Por isso o inimigo, de modo ferroz, lutou para impedir que cada uma delas ocorressem.
- Diante da impossibilidade do inimigo, ele lutou para desacreditar a "ressurreição".
- Desacreditar a ressurreição de Jesus é tirar a esperança da continuidade da obra de Jesus em nosso favor no Santuário Celestial.
D. Uma história de graça - Se analisado com cuido, como sabemos, todo anuncio de juízo, na verdade, está fundamentado no desejo sincero de salvar e livrar.
- Se o juízo de Deus fosse destituído de graça Ele não providenciária meios de nos avisar antes. A punição seria aplicada sem ao menos sermos avisados.
- Pelo contrário, sua advertência é chamada de "evangelho eterno" porque segundo o apóstolo Pedro, essa mensagem vem sendo apresentada deste antes da criação humana (cf. 1 Pedro 1.18 a 20).
- Logo, Apocalipse 14.7 não é somente um aviso de juízo. É também, e antes de tudo, o anúncio da graça de Deus.
F. Em todo o mundo - Apocalipse 14.6, bem como Mateus 28.19 e 20, são a base e o cerne da "Grande Comissão" apresentada a igreja. Esta "comissão" é também um "grande" privilégio, mas também uma grande responsabilidade.
- Sua urgência se dá por se tratar de uma oportunidade de "graça" em meio a um contexto de "Juízo".
- Sua extensão se dá por se tratar de uma oportunidade de "livramento e salvação" para todos.
- Logo, todos são chamados (convidados), porque todos serão julgados.
G. Um movimento missionário - A mensagem de Apocalipse 14. 6 e 7, segundo a perceptiva Bíblia, deveria motivar os cristãos dos últimos dias da história a anunciar essa mensagem a todo o mundo.
- Desse dever nasce o movimento Adventista.
- Certo de que Jesus está prestes a voltar que, assim como João Batista deveria preparar um povo para se encontrar com Jesus, os Adventista entenderam que precisam avisar o mundo sobre o juízo de Deus e preparar um povo para se encontrar com Jesus.
Destaque:
A. Aqueles que serão submetidos ao julgamento não serão pegos de surpresa porque de ante mão foram avisados. Embora Apocalipse trata-se do juízo de Deus, este processo vem sendo anunciado, antecipadamente, deste a eternidade (cf. Gênesis 3.15). E, se tem sido anunciado (avisado), este juízo é baseado na graça.
Aplicação:
A. O evangelho eterno recebe maior importância e poder por meio da ressurreição. Não é de admirar que Paulo invista tanto tempo para falar sobre esse tema. A ênfase da pregação, a partir da manhã da ressurreição é que "Ele está vivo". E, se Ele está vivo, nos viveremos por meio dele.
Vitor Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB
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