Como lidar com as dívidas

Provérbios 22.7

A. O texto de Provérbios 22.7 é, sem dúvida, mais profundo do que parece. Ao mesmo tempo que exorta sobre uma realidade experimentada, muitas vezes, na esfera humana (negócios),  também, disserta e exorta sobre aspectos da esfera espiritual. Pois antes de nós tornar "servos" daquele de quem tomamos valores emprestados, todos precisamos nos considerar "servos de Deus", aquele de quem temos recebido todas as coisas. Para com quem temos uma dívida de remissão.

B. Problema das dívidas - Triste é constatar que aqueles que se encontram  em dívidas financeiras, em sua grande maioria, estejam também em dívida para com Deus. Pois deixaram de praticar e crer em sua instrução. 

  • A instrução biblica é clara: se ouvir e praticar os conselhos de Deus, não tomara emprestado. Por consequente, não terá falta de nada pois Deus o abençoará. 
  • Contudo, enquanto Deuteronômio 28. 1 e 2, nos assegura as bênção da obediência, 1 Timóteo nos mostra os resultados da desobediência. 
    • A fonte da dívida, em muitos casos, fundamenta-se no "descontentamento". Se estou contente com o que recebo das mãos de Deus, não sou vencido pelo desejo de ter o que está além de minhas possibilidades. Se me contendo com as bênçãos de Deus não vou cobicas o que não me foi permitido ter.
    • Assim, a fim de obedecer a instrução divina é necessário crer que o necessidade vem das mãos de Deus e, por receber dele, devo ser grato e contente. 

C. Seguindo conselhos - Se por um lado 1 Timóteo 6.6 nos chama a atenção a fim de sermos contentes com o que temos. Por outro lado, mas na mesma direção, a melhor forma de não nos indivídar é reconhecer que podemos ser enganados pela falsa ideia de poder "satisfazer" todos os nossos desejos comerciais. 

  • Levando em consideração que nossos "desejos humanos" são, em sua maioria insaciáveis, é nosso dever saber que nunca seremos satisfeitos por atender nosso desejo por "ter". 
    • Muitos acreditam que tendo (comprando), o que desejam serão de fato satisfeitos e felizes. Contudo, isso não é verdade. Infelizmente, nossa limitada e pecadora percepção da vida nunca se satisfaz com o que temos. E, o inimigo sabe e usa essa fraqueza humana para nós manter ligados a essa busca frenética por satisfação pessoal. Uma busca que só termina aos pés da cruz de Cristo.

D. Como sair das dívidas - A Bíblia, sendo um livros completo, não deixaria de versar também sobre questões financeiras. Sendo assim, ela nos ensina como sair e sermos libertos das dívidas. 

  • O primeiro passo, como não poderia ser diferente, é se voltar a fonte de toda a benção: Deus. 
    • Esse, certamente,  é o primeiro e o mais importante passo a ser dado. Visto que, se tivermos a Deus como a base e o princípio de tudo, certamente iremos crer e praticar suas orientações na área da gestão financeira.
    • Crendo em suas instruções, o segundo passo, será ser fiel nos dízimos e ofertas.
      • Se entendemos a importância deste passo, certamente, solucionaremos nossas pendências financeiras. Pois se aprendermos a não dever para Deus, certamente Ele nos ensinará a não dever a ninguém.

E. Fiança ou avalista - A Bíblia, sabiamente, apresenta vários conselhos sobre o tema de sermos avalista ou fiador de outros. Contudo, o resumo de todos esses conselhos é: não seja a garantia de pagamento de outra pessoa. Fazer isso é se tornar o pagador das dívidas de outros.

F. Empréstimos e limites - No sistema idealizado por Deus ninguém teria a necessidade de pegar empréstimos, pois pela fé seríamos sustentados pelas bênçãos de Deus. E, contentes, gratos e satisfeitos com o que teríamos não seríamos tentados a buscar aquilo que não podemos ter. Contudo, no mundo real não é assim. 

  • Descontentes com o que temos, nos tornamos ingratos para com Deus, desejando satisfazer nossos interesses insaciáveis. Buscando por recursos e meios de obter o que pensamos ser suficiente para ocupar o vazio de nossa alma. Por fim, nos vemos endividados e profundamente insatisfeitos.
    • Compreendendo a natureza humana, Deus nos aconselho a não tomar valores emprestados. No entanto, sabendo que, por vezes, faremos isso, nós exorta a fazê-lo com responsabilidade. 
      • Não desonramos a Deus ao pedir emprestado, mas o fazemos ao sermos negligentes ao não quitar o que emprestamos.

Destaque:

A. Quando pensamos na cruz de Cristo e consideramos o alto preso pago ali, devemos nos lembrar que foi para quitar nossa dívida com Deus que Jesus morreu. Ao considerar a dívida paga por Jesus deveríamos viver satisfeitos pelo o que Deus nos dá. 

Aplicação:

A. Confiar no cuidado e provisão de Deus em relação a nós dar o que precisamos é um exercício necessário para todo cristão. Na relação de fé e confiança que marca a vida do crente, a certeza que Deus sabe melhor do que nos o que precisamos é fundamental. Se obedecemos suas orientações e somos gratos pelo que recebemos, seremos fiéis nos dízimos, generosos com as ofertas, contente com o que temos e pacientes para esperar e trabalhar pelo que desejamos.

Pr.Vítor Ribeiro - Sagrada Família - MMN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os últimos dias - Comentário LES

Controvérsia em Jerusalém - Comentário LES

O caminho, a verdade e a vida - Comentário LES