Ressurreições antes da cruz
A. João 11.25 e 26
B. O estudo sobre a morte perpassa duas importantes bases teológicas: a origem da vida e a autoridade de Jesus. Isso porque se não compreendermos a vida, de modo algum entenderemos o que é e como ocorre a morte. Ao mesmo tempo, se não aceitarmos Jesus e sua autoridade, outorgada pelo próprio Deus, não teremos condições de compreender a materialização da ressurreição no Novo Testamento e no fim da história.
i. Sendo assim, em João 11, ao ressuscitar Lázaro, Jesus, conversando com a irmã enlutada , estabelece um elo entre a promessa e a realidade da ressurreição.
C. Moisés – A história de Moisés revela a ação de Deus de o “tirar”. Ele foi tirado de sua família, tirado das águas, tirado do Egito e por fim, foi tirado da sepultura.
i. Dois pontos merecem destaque:
1. Deus sepultou Moisés;
2. Deus ressuscitou Moisés e;
3. Deus (Jesus) conversou com Moisés.
a. Ao contrário do que possa ser pregado, não foi a alma (algo desprendido do corpo), que foi levado por Jesus ao céu. Moisés foi ressuscitado de forma corpórea.
D. Sarepta e Suném – Ambos os relatos são especiais. Isso porque tratam sobre os aspectos de vida, morte e ressurreição. Contudo, o primeiro chama a atenção porque a viúva já estava trabalhando com a expectativa da morte eminente por ocasião da seca e da fome. Assim, o que torna a história importante não é a certeza da morte mas sim a verdade da ressurreição.
i. A viúva e seu filho esperavam pela morte, contudo, foram apresentados à ressurreição.
E. Naim – O episódio de Naim marca o encontro entre a morte e a vida, entre o pranto e a alegria. Neste encontro duas características de Jesus são destacadas:
1. A compaixão pelos enlutados e;
2. Sua autoridade sobre a morte.
a. Por cultura e respeito, a multidão que seguia com Jesus deveria ter parado e dado oportunidade da multidão enlutada passar e seguir para o sepultamento. Contudo, foi o cortejo que parou e deu passagem ao príncipe da vida. De duas multidões, Jesus fez uma.
F. A filha de Jairo - Ao sair ao encontro de Jesus Jairo, pelo menos com base no que é apresentado no relato, não foi em busca de nada mais do que a cura e restauração de sua filha. Para Jairo, bem como para as pessoas que pranteavam sua filha, a morte impõem fim a necessidade de buscar Jesus.
i. Contudo, onde termina a ação humana, inicia as ações de Deus.
ii. O texto deixa claro a compreensão divina sobre a morte. Ao mesmo tempo que revela o sentimento daqueles que não tem esperança. Para Jesus a morte é um sono. Para o povo a morte primeiro trás desespero e, depois, riso e descrença. Duas ações que revelam o desconhecimento sobre Jesus e sua palavra.
G. Lázaro – O relato da morte e ressurreição de Lázaro nos ensina e reafirma importantes verdades:
1. A presença de Jesus traz vida;
2. A morte é um sono;
3. A esperança na ressurreição final do último dia;
4. A necessidade de crer em Jesus;
5. A palavra de Deus dá a vida.
a. Devemos, no entanto, destacar que embora a ressurreição seja uma das maiores demonstrações de poder de Jesus, mesmo este importante milagre não tem poder para converter os corações. O desfecho do relato mostra que embora muitos creram, outros, saíram a fim de planejar a morte da quere que é a vida, Jesus.
2. DESTACAR
A. Ao analisar a questão da morte e ressurreição de Moisés devemos levar em consideração o fato deste ter vindo, por autorização divina, conversar com Jesus antes da cruz. A acurada leitura do relato de Lucas, destaca no verso 31, do capítulo 9, que o assunto tratado pelos presentes era sobre a “partida” de Jesus. Logo, Moisés e Elias conversaram com Jesus sobre a sua morte e ressurreição, respectivamente.
3. APLICAÇÃO
A. As últimas palavras de Jesus a Marta (João 11.26), revelam aquilo que tem sido, até hoje, o grande dilema da humanidade: crer nas palavras de Jesus. Isso porque antes de termos fé suficiente para crer na origem da vida e no estado dos mortos e, na ressurreição, temos de ter fé naquele que fez a promessa: Jesus. Logo, a incapacidade humana de crer na literalidade da ressurreição, sem estágios preliminares, ou recompensa prévia, está ancorada na incapacidade humana de crer em Jesus, em sua identidade e em sua autoridade. É preciso aprender a confiar em Jesus.
Pr. Vítor Ribeiro – Missão Global – AML
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