A esperança do Antigo Testamento

A. Hebreus 11. 17 e 19

B. Após o pecado do primeiro casal e a confirmação tácita e pratica de que a desobediência resultaria em morte, um longo período é descrito na Bíblia sem que esse tema seja novamente discutido. No entanto, por mais contraditório que possa parecer, esse tema volta a toma no seio de uma família que por anos lutou em busca da chance de poder gerar vida – o casal Sara e Abraão. 

i. Ambos sonharam, por anos, com a ideia e propósito de gerar vida (filhos), e quando está vida surge, pela intervenção divina, logo são confrontados com a morte. 

1. No entanto, é neste cenário de tristeza e morte que o Senhor lhes apresenta a certeza da vida , apesar, da morte (a ressurreição).

C. Verei a Deus – O livro de Jó é, sem dúvida, uma história de superação. Logo, não seria diferente em relação ao tema da morte. 

i. Jó sabia que seu triunfo estava em Deus e, por mais que não compreendesse tudo o que estava ocorrendo em sua vida, o idoso patriarca cria que ”ainda que morresse” ele veria a Deus. 

1. Se levarmos em consideração a tradição bíblica, de que Jó seja o primeiro livro a ser escrito por Moisés, podemos considerar que o primeiro registro Bíblico já traz a certeza da ressurreição.

a. Além de nós dar a certeza de uma ressurreição real, Jó nos apresenta a um fato muito importante, a constatação de que esse evento, não ocorrerá senão “no último dia” – na volta de Jesus. Não antes.

D. Do poder da sepultura – O Salmo 49 leva-nos a uma reflexão importante sobre a vida, embora trate sobre a morte.

i. O fato é que ainda que em vida pessoas possam confiar no que possuem ou no que possam ter alcançado (bens e riqueza), todos iremos para mesmo local e, para onde vamos, nada se leva. 

1. Nu saímos e nu voltaremos.

E. Das profundezas da terra – Em contraste com o Salmo 49, o Salmo 71 revela a necessidade de confiarmos unicamente em Deus. 

i. Seja para vencermos os reveses da vida ou para obtermos a vitória em relação ao adversário chamado “morte”.

F. Seus mortos viverão – Isaías 26 nos apresenta duas importantes verdades sobre a ressurreição:

1. A veracidade da Palavra de Deus em contraste com a fragilidade da vida humana e;

2. A veracidade do juiz.

a. Juntamente com a ressurreição, aqueles que aceitaram a Cristo em vida, receberão a vida eterna. Já os que rejeitaram a Cristo em vida, receberão a condenação.

G. Aqueles que dormem no pó – Seja o AT ou o NT, ambos deixam claro a certeza da ressurreição. Assim, a fé manifestada por Maria é a mesma manifesta por Jó e Abraão. 

i. No entanto, um ponto deve ser considerado – a ressurreição está intimamente ligado a verdade sobre o juízo de Deus. Isso porque no juízo recebemos a sentença e, após a ressurreição, receberemos a declarar de salvação ou perdição. 

ii. A ressurreição, será o momento de separar os salvos dos perdidos.

1. Pois todos nós nos encontraremos com Deus.

2. DESTACAR 

A. O livro de Jó, em especial, é sem dúvida uma das mais profundas declarações de fé na ressurreição. Isso porque, ao final do livro é descrito que o patriarca recebeu tudo o que perdeu em dobro. No entanto, não lhe nasceram vinte filhos e sim dez. Pela lógica humana Deus errou, pela lógica divina, na ressurreição, o Eterno devolverá para Jó e sua esposa os outros dez que naquele instante aguardavam o cumprimento da promessa.

3. APLICAÇÃO 

A. Por conta da desobediência, o pecado retirou do ser humano a possibilidade de ter ao seu lado aqueles que amamos. Contudo, Deus garante, que pela fé, toda separação é momentânea e passageira. Se permanecermos em Cristo, ele trará com ele todos os que dormem no pó da terra. 

Pr. Vítor Ribeiro – Missão Global – AML