Cristo no crisol
A. Mateus 27.46
B. Ao pensarmos no sofrimento humano, principalmente, pela perspectiva divina, pode passar em nossa mente que somente o ser humana está fadado ao sofrimento. No entanto, dentro do contexto bíblico Deus é o primeiro a sofrer quando o assunto é pecado. Deus sofreu a primeira perda e o primeiro é mais agudo sentimento de rejeição e desprezo (cf. Gênesis 3.5). E sofrerá no final, quando por escolha e mal-uso da liberdade suas criaturas escolherem a perdição a salvação.
i. Em relação a história humana devemos ter em mente que Deus sofre por nós e conosco.
1. Por nós – na cruz.
2. Conosco – nos efeitos do pecado em sua vida humana.
C. Os primeiros anos – Nada é mais destrutivo do que estar entre pessoas que buscam por vontade própria, a destruição. Ver alguém se ferir pode ser ainda mais doloroso para quem assiste. Principalmente, se está pessoa tem poder para fazer cessar o sofrimento, mas é impedido de fazê-lo.
i. Isaías 7.14 e 15 e Hebreus 5. 8 e 9 mostram que na infância Jesus teve de aprender diversas coisas como uma criança normal de seu tempo. Contudo, a inexistência de pecado o fez sentir ainda mais os efeitos deste em sua vida e na vida daqueles que o cercaram.
D. Desprezado e rejeitado – A quem diga que o contrário do amor não é o ódio, mas sim a indiferença.
i. Na fase adulta de sua vida terrestre Jesus sabia ter a sua disposição poder suficiente para reparar os efeitos dos pecado. Para dar fim a dor e ao sofrimento humano. Mas não pode.
ii. A indiferença e desprezo humano limitou a ação de Jesus.
1. “[...]sofremos, não somente porque somos rejeitados , mas por causa do que a rejeição pode significar para aquele que nos rejeita [...]”.
E. No Getsêmani – Não havia local mais apropriado para Jesus enfrentar sua hora mais escuro do que este silêncio e escuro jardim conhecido como o lugar de “prensar”.
i. Noutro jardim, ainda na eternidade, o mesmo Jesus havia sentido a mais profunda dor da rejeição. Agora noutro jardim, ora incessantemente a fim de não sentir novamente a mesma dor. Contudo, assim como no Éden não fora poupado da separação e da dor do pecado, no Getsêmani também não.
F. Crucificado – Se no Getsêmani a dor foi pela separação, na cruz, a essa dor somou-se o escárnio e a morte.
1. Fazendo eco a Gênesis 1 as trevas novamente encobriram a terra.
2. O acesso ao trono de Deus (lugar Santíssimo) foi aberto.
3. Cristo assumi a posição de Sumo Sacerdote.
G. O Deus Sofredor e nós – Em relação ao sofrimento devemos considerar que:
i. Não sofremos por que somos cristãos, mas sim, porque somos pecadores. E, a dor e o sofrimento vem pela ação divina de nós separar do pecado.
ii. Não devemos nos submeter ao sofrimento desta vida tendo em mente, somente nossa recompensa futura. Pelo contrário, hoje, no presente, podemos gozar as bênçãos e alegrias do sofrimento, pois ele resulta em mudança, alívio e paz.
2. DESTACAR
A. Não devemos, em hipótese alguma, aceitar a dor e o sofrimento como parte da vida. Pelo contrário, devemos vê-los como parte do processo de preparação e mudança para uma nova vida.
3. APLICAÇÃO
A. Extrair um espinho encravado em nossa carne pode gerar tanta dor como deixá-lo onde está. Contudo, a dor de removê-lo não se compara ao alívio de não tê-lo como instrumento de dor. O momentâneo sofrimento leva embora a dor, e traz paz.
Pr. Vítor Ribeiro – Missão Global – AML
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