Mais testemunhos sobre Jesus - Comentário LES

João 12:32

Quando analisamos as palavras e atos práticos por Jesus, principalmente da maneira como são apresentados (narrados) pelo apóstolo João, fica aparente que Jesus utilizou de argumentos fortes e diretos a fim de, levar os que o ouviram, a acreditar que, de fato, Ele era o Filho de Deus. Ao ligar-se aos eventos destacados do Antigo testamento como no uso de referência como o "pão" que veio do céu, Jesus força seus ouvintes a não somente se lembrar dos eventos que marcaram a história de Israel, mas também, claramente Se apresenta como Aquele que é maior dos que os fatos e eventos passados. Nas palavras de João, Jesus não é somente um homem ou profeta, Jesus veio de Deus, logo, é superior a todos, os que vieram antes e, dos que virão depois. Com isso, torna-se referência para a fé e salvação. Quem nEle crê tem a vida, o que não crer permanece condenado a perdição eterna. 

Objetivo: Levar o ouvinte moderno a não cometer o mesmo erro praticado por aqueles que viveram com Jesus: não acreditar em Sua identidade, palavras e missão.

A. Humildade: João Batista - "[...] entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João, mas o maior no reio de Deus é maior que ele" (Lucas 7:28). 

• Mas palavras de Jesus de todos os homens e profetas que viveram ou viverão sobre a terra nenhum deles será maior do que João, chamado Batista. Isso porque a ele fora dada a oportunidade de pavimentar e preparar o caminho para a obra do Salvador do mundo.
• No entanto, frente a realidade da "e hierarquia" divina, composta por Deus Paí, Filho e o Espírito Santo, o "menor", na relação hierárquica entre Deus e o Filho, o "menor" (o Filho), é, indiscutivelmente, Maior que João. Pois Ele é Deus.
• João  Batista sabia disso e em momento algum pregou ou agiu de modo contrário a isso.
• Ao contrário, deixou claro, tanto ao afirmar que não era o Cristo (cf. João 1:20), como ao afirmar a natureza de sua missão (João 1:23, 26 e 31) que Jesus, tendo vindo alto é superior a todos os demais. Tanto os que vieram antes, como os virão depois dEle.
• João sabia que a obra do Cristo, envolvia "atrair" todos para Ele. E assim foi.
• Para João isso não representava algo ruim, pois sabia para qual missão fora chamado. 
• Por isso entendeu que era hora de, aos poucos, sair de cena, do olofote, e permite que a pessoa e a obra de Jesus ganhasse cada vez mais destaque. Pois convinha que Jesus crescesse e que ele, João, diminuísse. Que lição de submissão e humildade!

B. Nova compreensão sobre o Messias - João 1:32 a 36 reforça uma afirmação sobre a identidade de Jesus que os judeus não haviam, até esse momento, entendido e mesmo após entender, não iriam aceitar.

• A afirmação de que Jesus é "o Cordeiro de Deus", lança sobre o ministério de Jesus nova luz e compreensão.
• Até este momento o Messias esperado era o libertador e rei, que subjulgaria os romanos. Contudo, esse Cristo, veio para se entregar em favor dos pecadores.
• Fato importante é que mesmo João Batista, não "O conhecia" (cf. João 1:31), Deus foi quem o revelou. 
• Isso mostra que mesmo o profeta enviado para preparar o caminho do Messias precisou ser orientado sobre quem Jesus Cristo seria. Reforçando que sem a intervenção divina não temos como identificar nem mesmo aceitar o verdadeiro Filho de Deus.

C. Aceitação e rejeição - A clara compreensão da identidade e missão de Jesus para alguns foi motivo de fortalecimento da fé. Para outros foi motivo de escândalo e abandono.

• Ao reafirmar Sua identidade e missão Jesus levou seus discípulos e mesmo a multidão que o seguia a entender que Ele não vieram para ser feito rei. 
• Sua tarefa era libertar o ser humano do domínio do pecado.
• No entanto, não era esse o foco das multidões. Estes desejam o que Jesus poderia proporcionar materialmente, não espiritualmente.
• Já seus discípulos mais chegados, neste ponto, já haviam passado mais tempo com Cristo e já sabiam para que Ele havia vindo. 
• Ainda que, como a multidão, eles também não haviam, até esse momento, compreendido toda a amplitude da encarnação.

Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB