Bem-aventurados os que creram - Comentário LES
João 20:29
Sabemos que o objetivo de Jesus ao vir ao mundo foi de oferecer a humanidade oportunidade de ser salva da condenação do pecado. Para alcançar seu objetivo, Jesus se revelou a fim de que todos pudessem não somente conhecê-lo, mas também, pudessem conhecer melhor o caráter de Deus e Seu plano de salvação. O acesso a salvação então estava restrito ao devido conhecido do Pai e do Filho, bem como, da fé na pessoa e palavra de Jesus. Sendo assim, felizes ou bem-aventurados são aqueles que creram na pessoa e nas palavras de Jesus, pois a estes fora oferecido a oportunidade divina de salvação. No entanto, a declaração de Jesus a Tomé (João 20:29), mostra que houve e há, ainda hoje dois grupos de pessoas: os que não viram e creram e, os que não virão e, por isso, não conseguem acreditar. Uma triste realidade.
Objetivo:
A. Compreender por que pessoas diversas, deram testemunho tão poderoso sobre a identidade de Jesus?
A. De volta a Abraão - Ao buscar reafirmar Sua identidade e a necessidade de levar o povo a fé, Jesus recorreu a Abraão.
- E isso por duas razões importantes:
- Abraão é o pai da nação Israelita e aceitando o chamado de Deus, saiu de sua terra pela fé. Sem ver a materialização da promessa;
- Abraão creu em Deus e na promessa de redenção por meio do Cordeiro de Deus mesmo antes de vê-lo. E isso foi creditado a Abraão como justiça.
- Logo, ao afirmar que Abraão viu o Seu dia e se alegrou, Jesus faz uma conexão entre os judeus que o ouviram e o pai da fé.
- Isso porque se Abraão viu a Jesus e creu Nele, todos aqueles que se reconhecem como filhos de Abraão devem crer e aceitar Jesus assim como fez Abraão.
B. O testemunho de Maria - No banquete a qual Jesus e seus discípulos foram convidados, Maria, por gratidão, ao que Jesus tinha feito por seu irmão Lázaro, oferece uma oferta de gratidão a Jesus.
- Sua oferta foi a unção de Jesus.
- A unção tinha pelo menos quarto objetivos:
- Para homenagear e receber um convidado especial;
- Para consagrar o início do ofício de um profeta ou sacerdote;
- Para consagrar um rei antes do início de seu reinado ou;
- Para preparar um corpo para o sepultamento.
- Ao ungir Jesus Maria testemunha por meio de todos estes objetivos. Pois ratifica seu amor por receber Jesus como convidado. O consagra como grande profeta, Sumo Sacerdote e Rei. Mas também, declara que Ele, como havia predito, dará a vida pelos pecadores.
C. O testemunho de Pilatos - Das muitas pessoas que tiveram contato com Jesus, Pilatos, provavelmente, era aquele que menos desejou estar com Jesus. Isso se confirma pois sendo ele governador, em nenhum momento, procurou conhecê-lo. No entanto, involuntariamente, Jesus foi trazido até ele.
- Neste encontro Pilatos teve a oportunidade de estar frente a frente com o Filho de Deus e desse encontro saiu profundamente consciente de estar diante de um inocente.
- A Bíblia não revela se de fato Pilatos creu em Jesus como Filho de Deus. No entanto, declara que ele afixou sobre a cruz, sua declaração pessoal de que Jesus era, de fato, o Rei dos judeus.
- Enquanto as autoridades judaicas declararam ter César como rei. Pilatos, uma autoridade romana, declarou que Jesus é o Rei dos judeus.
D. O testemunho de Tomé - Ao analisar o relato da ressurreição de Jesus, frente a forma ou maneira que os discípulos reagiram, devemos levar em consideração que entre as promessas de Jesus para esse período, nenhuma delas dizia respeito a Jesus se encontrar com os discípulos em Jerusalém. Pelo contrário, o objetivo e mensagem apresentada anteriormente, era de se encontrarem na Galileia.
- Este detalhe é significativamente importante pois nos ajuda a compreender a relação entre fé e dúvida apresentado nos versos 19 a 25 do capítulo 20.
- Neste relato Tomé é apresentado como incrédulo em relação a ressurreição.
- Isso não porque ele não esteve presente na aparição de Jesus. Mas sim, porque, de fato, nenhum deles acreditou na promessa de Cristo.
- Por essa razão Jesus se revelou a eles em três ocasiões.
- O principal erro dos discípulos, incluindo e destacando Tomé, foi a "condicionante para a fé".
- Ele afirmou que só creria se vise e tocasse em Jesus. Uma condição importante mas que não pode ser a base determinante da fé cristã.
- Isso porque nem todos terão a oportunidade de ter uma experiência física, visível e audível com Cristo. Nem todos terão as mesmas oportunidades oferecidas aos discípulos.
- Por isso, Jesus declara: Bem-aventurados são os que não viram e creram (João 20:29).
E. Nosso testemunho de Jesus - É fato que há várias formas de ser uma testemunha. Há testemunhas que virão, outras experimentaram, outras ouviram e ainda outros foram o alvo de uma ação. Para cada uma dessas testemunhas o fato ocorrido impactou de uma maneira diferente, mas igualmente poderosa.
- Nos, hoje, somos chamados a seremos testemunhas de Jesus, não por que vimos, ouvimos ou tocamos, mas por que experimentamos o poder de Sua Palavra quando nos faze os alvo de Seu poder.
- Seguramente, hoje, muito mais razões para crer. Pois além de saber o que Jesus fez no passado, temos visto o cumprimento de Sua Palavra em nossos dias.
- No entanto, sem dúvida alguma, maior testemunho tiveram aqueles que viram, ouviram e tocaram em Jesus.
- Embora tal experiência/oportunidade pode não mover o coração para a fé, é, sem dúvida alguma, um poderoso elemento para o desenvolvimento da fé.
- Logo, não precisamos ver para crer. Mas, certamente, todos os que tiveram a oportunidade de ver, mais evidências/oportunidade tiveram para crer.
Destaque:
A. A história do cristianismo combinada a história da humanidade em geral atestam que mais são os que não viram mas creram em Jesus. Somados os fiéis do Antigo testamento aos fiéis mencionados no Novo testamento a multidão de pessoas que hoje se tornam cristãos, pode-se afirmar que mais são os que não viram a Cristo e, ainda assim, crêem Nele.
Aplicação:
A. O relato de Tomé, bem como suas palavras, revelam uma triste realidade: nossa fé não pode estar fundamentada naquilo que vemos ou ouvimos. Caso assim seja, teremos dificuldade para aceitar a Jesus como salvador. Visto que nem todos tivemos um encontro pessoa, visível, audível e físico com a pessoa de Jesus. No entanto, o próprio fundamento da fé (Hebreus 11:1), nos desafia a crer mesmo sem ver. Nos lembrando que esse tipo de fé não é exigido somente dos cristãos do século 21, mas foi também, exigida de todos os que viveram antes de Cristo e creram e confiaram Nele. Eu e você devemos crer mesmo sem ver.
Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB
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