O triunfo do amor de Deus - Comentário LES

 Apocalipse 21:3 e 4

A. Desde que Adão e Eva se acharam do lado de fora do jardim, um sentimento novo e desconhecido para eles, tomou conta da vida de ambos fazendo-os nutrir o desejo de ter de novo a oportunidade de voltar para o lugar de onde vieram. A esse sentimento demos o nome de "esperança". Um sentimento inexistente no contexto deseja, mas presente no contexto indesejado. A esperança origina-se da promessa, que por sua vez, requerer paciência e, a paciência nos convida a esperar. Logo, a expectativa do cumprimento da promessa desenvolve em nós a esperança. Capacidade que nos ajuda a olhar para o passado, vivendo o presente, tendo a certeza do prometido futuro.

B. Esperança no tempo de angústia - A Bíblia como um todo e, em especial, o livro de Apocalipse, descreve como terríveis os últimos momento da história humana nesse mundo de pecado. Tais eventos, para muitos, fornece a base para nutrirem medo e angústia. Contudo, Deus nos oferece esperança em meio as cenas do fim.

  • A presença de Deus - Em diversas passagens da Bíblia o Senhor nos garantiu seu cuidado dispensado a aqueles que creem em seu nome e colocam, previamente, a vida sob as Suas mãos.
  • O Livro da Vida - Tanto Daniel como Apocalipse assegura que, em meio aos horrores dos últimos dias, há segurança para aqueles que, "previamente" permitiram que o nome fosse escrito e mantido no Livro da Vida de Deus. Estes não serão condenados ou alcançados pelas penalidades destinadas aos perdidos.

C. Esperança do breve retorno de Jesus - A medida que nos aproximamos dos últimos eventos deste mundo, fica, cada vez, mais nítido a certeza de que as palavras de Jesus são verdadeiras. A medida que vemos as peças se encaixando, os eventos ocorrendo e, os personagens tomando, cada um, o seu devido lugar, concluímos que as profecias estão se cumprindo.

  • O cumprimento das profecias, bem como o desenrolar dos eventos finais, embora possa nos trazer apreensão e angustia, deve, ao mesmo tempo, nos trazer paz e segurança. Pois assim com Ele prometeu ocorrerá. Tanto os terríveis e trágicos eventos, como também, o Seu retorno.

D. O milénio na Terra - Assim como o processo do Dilúvio foi a reversão do processo da Criação, o período de mil anos em que estivermos no céu com Cristo, a Terra sofrerá, novamente, uma reversão completa de seu estado presente. Noutras palavras, assim como foi em Gênesis 1:2, voltar a ser, sem forma e vazia.

  • Neste ambiente vazio, onde todos os que rejeitarem a Cristo estarão mortos, Satanás e seus anjos não terão a quem tentar. Logo, estarão "presos", não por cadeiras e correntes literais, mas pela circunstância e pela condição em que o mundo se encontrará. 

E. Juízo no milênio - Durante o milênio, os justos terão a oportunidade de observar em primeira mão a justiça e o amor de Deus na maneira de lidar com o pecado. [...] Se um ente querido ou amigo não estiver lá, os salvos terão a oportunidade de entender plenamente as decisões divinas. Os redimidos compreenderão as poderosas tentativas divinas de salvar a todos. Perceberão novamente que os perdidos ficaram fora do Céu porque rejeitaram a Cristo. Só então, depois dos mil anos, Deus trará o juízo final – a segunda morte, a destruição eterna – sobre os perdidos.(LES).

  • O caráter e justiça de Deus será revelado e, ainda mais respeitado, uma vez que a execução dos perdidos se dará somente após os salvos terem a oportunidade de examinar os registros do julgamento do Senhor. 
  • Quando nenhuma dúvida houver, então, Deus executará a punição final e definitiva.

F. As duas eternidades - As cenas finais do juízo executivo de Deus revela que os mortos sem Cristo terão a oportunidade de ressuscitar para terem a confirmação da escolha que fizeram e atestarem a justiça e retidão divina.
  • Após esse breve momento, todos os que não aceitaram a Cristo e, que estiveram mortos durante os mil anos em que os salvos estiveram com Cristo no céu, serão definitivamente destruídos.
    • Para os que aceitaram viver sob a orientação divina, vida eterna.
    • Para os que rejeitaram viver sob a orientação divina, morte eterna.

Destaque:

A. Em João 17, na oração sumo sacerdotal de Jesus, embora fosse o seu desejo ter os fiéis junto dele, por ocasião de seu retorno para o céu, Jesus declarou: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guarde do mal". Contudo, por ocasião da segunda vinda, o desejo de Cristo se tornará real e todos os salvos terão a oportunidade de deixar este mundo e mal para trás. Separados deste contexto de pecado e da presença do pecado, voltaremos a esse mundo somente para recebe-los assim como fora no passado entregue a nossos primeiros pais. Uma Terra restaurada.

Aplicação:

A. A leitura superficial da Bíblia tende a gerar no leitor uma dúvida: Como um Deus de amor pode prometer destruir aqueles que não aceitarem Sua vontade? Na bíblia nos deparamos com um Deus que por amor cria, restaura e salva, contudo, um Deus justo que estabelece Sua vontade com base em leis claramente definidas. No fim, destruição e salvação não são escolhas que estão nas mãos de Deus, mas sim de cada um. Logo, o Deus que pune, antes de tudo é o Deus que nos dá oportunidade. Fica a critério de cada um aproveitar ou não as chances oferecidas.

Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB

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