Conflito iminente - Comentário LES

João 17:17

A. Analisando o conteúdo do livro de Apocalipse, tomando como base o momento histórico em que foi revelado e transcrito por João, notaremos que seu conteúdo foi revelado num momento histórico específico, em que a igreja necessitava de compreensão sobre a continuidade da obra de Cristo, bem como sobre os eventos que se seguiriam no futuro. Assim, o texto revela o final do conflito entre o inimigo e Cristo. E, em meio a símbolos, imagens e referências sem um significado claro para nós hoje, um tema fica evidente e claro: Adoração. No final de tudo, de um lado temos Aquele que é digno de adoração e, do outro lado, aquele que deseja adoração. Em meio a esse dilema, nós que, teremos de escolher, com base na verdade, a quem seguir. 

B. O conflito final do Apocalipse - A Bíblia não nos oferece nenhum texto claro que retrate o conflito inicial entre Satanás e Deus. Contudo, embora não haja evidências textuais sobre o relato da origem do embate ou conflito, temos a disposição textos claros que apontam o motivo e o desfecho do conflito.

  • Um destes textos é Mateus 4. De modo límpido, como se descortinasse o palco invisível do conflito, vemos a iniciativa do inimigo em busca de seu objetivos: Adoração.
  • Este é o objetivo final e para alcançá-lo, tudo o que reivindique adoração a Deus terá de ser destruído.
    • É nesse contexto que os Mandamentos de Deus são colocado em destaque. Pois dentre eles o 4° aponta diretamente para o Criador.

C. A crise vindoura - Duas das evidências mais nítidas da ação de adorar são a obediência e a gratidão. No entanto, ninguém demonstra obediência e gratidão se tais ações não forem direcionadas pelo amor. Logo o amor está envolvido em toda demonstração de adoração.

  • Contudo, o amor não pode ser imposto. Nem por quem ama, nem por quem deseja ser amado. 
  • Satanás sabe que não é amado. Logo, nunca será genuinamente adorado. Por isso, nós últimos dias sanções, decretos, a força e até ameaças de morte serão as ferramentas utilizadas na tentativa de receber adoração. 
    • No entanto, aqueles que amam a Deus permanecerão fiéis na obediência e gratidão unicamente a Deus. 

D. Identificando a besta: parte 1 - Embora Apocalipse 13:1 a 10 esteja repleto de símbolos e imagens, o texto nos apresenta um dado histórico e uma palavra ou ação, praticada por esse poder, que ao se repetir, destaca-se como uma característica distintiva deste poder (besta).

  • O dado ou informação histórica importante é que a "besta" ou poder "recebe" seu poder do dragão. Isso indica que a besta não tem "poder", nem "trono", nem mesmo "grande autoridade". 
    • Historicamente, tudo isso, foi entregue ou dado, a Igreja Cristã quando Constantino, imperador Romano, transfere a cede de seu governo de Roma para Constantinopla. Esse vácuo abre espaço para que o poder da Igreja ocupasse o lugar vago.
  • A palavra é "blasfémia" - A Bíblia define blasfêmia em João 10:33 e Lucas 5:21: 
    • (1) um ser humano comum afirmar ser Deus, e;
    • (2) um ser humano comum reivindicar o poder de perdoar pecados. Quanto a Jesus, essas acusações foram injustas porque Ele é Deus e, portanto, tem o direito de perdoar pecados. O papado romano tem duas doutrinas distintivas que a Bíblia chama de blasfêmia: afirma que seus sacerdotes têm o poder de perdoar pecados e que o papa tem as prerrogativas de Deus na Terra.(LES).

E. Identificando a besta: parte 2 - Apocalipse 13 aponta ainda, eventos históricos envolvendo a trajetória da besta que nos ajudam a melhor compreender que poder é este. Este poder teria um período de domínio, interrompido por um tempo, mas que ao final seria restabelecido e ficaria ainda mais forte. 

  • Essa descrição se encaixa com muita adequação ao poder exercido pela Igreja Católica Apostólica Romana, no período de 538 d.C. a 1798 d.C.. Bem como nos anos subsequentes.
    • Hoje, os líderes mundiais dão as boas-vindas ao pontífice como embaixador da Igreja de Roma e o visitam regularmente no Vaticano. Em um mundo de instabilidade sem precedentes, o cenário está sendo preparado para que o pontífice romano se torne o aclamado líder moral do mundo que pode unir as pessoas. Durante seu discurso em 6 de junho de 2012, para mais de 15 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma, o papa Bento XVI declarou: “O domingo é o dia do Senhor e dos homens e mulheres, um dia em que todos devem ser livres, livres para a família e livres para Deus. Ao defender o domingo, defendemos a liberdade humana” (shorturl.at/gioAC). (LES). 

F. A besta da terra - Assim como ocorreu ao descrever a primeira besta, Jesus oferece a João informações que nos ajudam a identificar qual poder no presente, tem as características apresentadas.

  • Os Estados Unidos se encaixam precisamente nessa descrição. O país declarou sua independência em 1776 d.C., adotou a constituição em 1789 d.C. e foi reconhecida como potência mundial no fim do século 19. (LES).
  • Este país edificado sobre os princípios de Liberdade política e religiosa, a princípio falará como um cordeiro mas, ao final será instrumento para cercear a liberdade e impor a obrigatoriedade da adoração a primeira besta. 

Destaque:

A. Em resumo, o ato de adorar, é representado por duas ações: 1) obediência e, 2) gratidão. Embora não sejam as duas únicas formas de expressar ou praticar adoração, essas duas ações estão presentes em todas as formas litúrgicas ou cultos de adoração. Seja no culto ao Deus da Bíblia ou a qualquer outra forma de divindade. Logo, para que eu possa adorar obediência e gratidão são meios indispensáveis. Eis o motivo pelo qual os Mandamentos, como apresentados na Palavra de Deus, são o centro do conflito. Pois por meio deles você demonstra obediência, quando adora o Criador e não a criatura. E, revelando gratidão, quando direciona sua adoração para Aquele que fez (que dá), todas as coisas. 

Aplicação:

A. O intervalo entre o século 2° ao 4°, mas precisamente entre os anos 100 a 457 d.C. foi um período singular na história da Igreja e do desenrolar dos eventos proféticos, tanto na Terra, como no Céu. Neste período, no céu, Jesus inicia seu ministério Sumo sacerdotal, ministrando como intercessor e mediador de seu povo junto a Deus. Neste mesmo período, o "aparente vácuo" deixado por Jesus, na Terra, coincide com o vácuo deixado pelo Império Romano, como poder mundial. Esse mesmo período coincide com um grande crescimento do cristianismo em todo o mundo e, consequente, crescimento da influência e poder dos bispos. Não por acaso, ambos os "vácuos" deixados, fora, cuidadosamente, ocupado pelos líderes da Igreja Cristã. Recebendo o poder, o trono e a autoridade do próprio dragão, a Igreja usurpa o poder, o trono e a autoridade de Deus (Apoc.13:1 e 2). 

Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB

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