A questão central do conflito: amor ou egoísmo - Comentário da LES
Isaías 41.10
A. Se considerarmos com atenção e, de modo racional, as verdades apresentadas pela Bíblia com relação ao tema do "Grande Conflito", notaremos que, em grande medida, tudo gira em torno de aceitar ou não a vontade de Deus. A "vontade de Deus", é revelada ao universo por meio de seus ensinos, orientações, instruções e mandamentos. Logo, quando o mais simples de todos os seres criados decide "submeter sua própria vontade a vontade divina" este revela amor por Deus. Quando, pelo contrário, resiste a imperativa "vontade divina", manifestando o desejo de fazer o que deseja e não o que Deus deseja que seja feito, dá início a um esforço, um processo de resistência e luta, denominado desobediência e pecado. Eis o princípio do conflito: a tensão entre se submeter a vontade de Deus por amor ou dar lugar ao egoísmo (desejo de atender somente a sua própria vontade).
B. Oportunidade - Um fato é claro em relação o desfecho do Plano da Redenção: ninguém terá o direito de questionar o resultado. Condenação ou libertação e salvação são caminhos diametralmente diferentes e, ambos tem sido colocados diante de nós a cada dia.
- A declaração de Cristo em Lucas 19.41 a 44 descreve de modo vivo a persistente ação de Deus para despertar seu povo para escolher o bom caminho. Contudo, grande parte do povo desprezou a oportunidade.
- O lamento de Cristo sobre a cidade não estava fundamentado sobre a perspectiva de não ter sido estendido conhecimento e tempo para mudar o resultado de Jerusalém. Pelo contrário, conhecimento e tempo foi oferecido, sem o devido proveito.
- Deixaram passar o tempo oportuno para ouvir, obedecer e mudar sua sorte.
C. Providencialmente protegidos - Como já deixamos claro acima, o núcleo ou epicentro do Conflito de Lúcifer contra seu Criador, está na rendição da vontade à obediência a Deus. Logo, quando falamos sobre os esforços divinos em preservar a vida humana em meio a esse conflito, falamos sobre, crer e obedecer a vontade divina.
- A preservação da vida, por meio da fuga em meio ao cerco Romano no ano 70 d.C. se daria pela obediência a palavra de Cristo.
- Isso por que Jesus previu e preveniu seus seguidores sobre a ocasião e momento de sair e deixar a cidade.
- Os que ouviram e obedeceram, saíram e foram preservados (salvos).
D. Fiéis em meio a perseguição - Por mais que possamos tentar, não há como, em detalhes, compreender o que movia o coração dos fiéis cristãos que avançaram mesmo em meio a perseguição realizada no início da igreja. O material literário disponível é bastante escasso. No entanto, eles avançaram.
- E, como? Creio, com segurança, que as palavras de Cristo descrita pelos apóstolos, assim como chegaram a nós, a eles também chegaram e impulsionaram a fé e mobilização em torno da missão (esperança) oferecida.
- A igreja primitiva não recebeu a Grande Comissão como uma tarefa, obrigação ou imposição. Eles a receberam como uma benção real, uma esperança e promessa.
E. Cuidando da Comunidade - "A igreja cristã primitiva cresceu não apenas porque seus membros pregavam o evangelho, mas porque viviam o evangelho.".
- Há vários fatores conhecidos e desconhecidos para descrever a modo como a igreja do primeiro século obteve o grande crescimento e a significativa consolidação. Contudo, nada se compara ao fator prático: eles viveram o que aprenderam. E, isso fez toda a diferença.
- Cada um se preocupou em atender as necessidades uns dos outros. Princípio básico do Rei o de Deus.
F. Um legado de amor - A medida que avançamos em conhecer o contexto e arealidade enfrentada pelos cristãos que viveram entre os três primeiros séculos, mas compreendemos que eles tiveram a iniciativa de "viver o que pregavam".
- Isso porque, um belo discursos pode encontrar objeções, mas nada pode refutar o efeito de um discurso feito sem palavras. Apresentado unicamente por meio de ações, por meio da vida.
- Os que viviam nos dias de Cristo, podiam ignorar suas instruções e, até desprezar suas doutrinas e palavras. Contudo, não encontraram argumentos para refutar o efeito de suas ações sobre a humana.
Destaque:
A. Quando consideramos historicamente o movimento da igreja cristã nos limitamos a analisá-la a partir do movimento iniciado pelos apóstolo entre os anos 30 a 40 d.C.. Contudo, a fé cristã teve seu início num tempo ainda muito anterior, datando dos dias de Adão e Eva. Foram nossos primeiros pais que compartilharam a semente do Evangelho Eterno apresentado pelo próprio Cristo. Essa constatação é importante e necessária quando analisamos o "como" os primeiros cristão receberam e viveram a fé. Pois nos mostram que eles não receberam a Grande Comissão como uma tarefa ou obrigação, mas como, uma benção e, como a mais real e prática solução para a condição em que viviam. O único, verdadeiro e poderoso modo de salvação. Não havia alegria maior do que receber, viver e compartilhar essa benção.
Aplicação:
A. O egoísmo não é o contrário do amor. Na verdade, o contrário do amor é a indiferença. Pois o que ama age como resposta e reflexo a decisão de amar. Já o que não ama, mostra-se indiferente a essa resposta e manifestação de amor. Contudo, no contexto do Grande Conflito, o egoísmo se mostra ainda mais destrutivo que a indiferença. Isso porque o indiferente ao amor de Deus, despreza o que Deus fez em seu favor. Mas o egoísta não dá valor para o que Deus fez, mas sim somente para aquilo que ele deseja fazer. Sua vontade, não a de Deus, é a que importa.
Pr. Vítor de Oliveira Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB
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