O pacto do dízimo

A. Malaquias 3.10

B. A doutrina ou ensino sobre a prática da devolução dos dízimos, embora simple e didática, reserva profundas verdades sobre nosso relacionamento com o Criador. Por meio deste importante sistema Deus provia recursos para a manutenção e sustento dos levitas (servidores da Casa de Deus), e ensinava o povo a crer e depender de seu Criador. Devidamente ensinado as futuras gerações, estabeleceria um vínculo de dependência e obediência onde a graça e a gratidão caminhariam juntas. Fazendo do povo, mordomos de Deus.

C. Dízimo, dez por cento - Atualmente encontramos, basicamente duas questões primárias, utilizadas para desconsiderar a necessidade de devolver o dizimo:

  1. O percentual ou valor - na busca por atualizar a Palavra de Deus, muitos alegam ser menor ou maior o percentual solicitado por Deus. Contudo, o percentual é imutável: 10% de toda a sua produção ou renda.  
  2. A origem. Crendo que essa doutrina foi dada aos Israelitas, muitos crer que os demais adoradores de Deus não estão obrigados. Tal ideia contradiz a instrução divina uma vez que mesmo os servos e estrangeiros participam de suas recomendações.
  • Devemos considerar que assim como outros ensinos, o dízimo foi instituído antes que houve um povo ou nação israelita ou judaica. 

D. A Casa do tesouro - Outra dúvida recorrente sobre o dízimo é onde entregá-lo. Aqueles que creem na ordenação divina do dízimo entendem que entre os israelitas só havia um local destinado a entrega do dízimo - o Templo. 

  • Contudo, hoje já não temos mais Templo e, devido à fragmentação do cristianismo, cada denominação possui sua própria maneira de administrar os recurso recebidos e um local designado para isso. 
  • No entanto, embora o local tenha sido alterado, do Templo para a igreja (cf. Malaquias 3..10 e 1 Timóteo 3.15), o princípio é o mesmo. Receber os recursos e utilizá-los para a manutenção da obra de Deus e para prover sustentação para aqueles que se dedicam integralmente para a obra de Deus.

E. Propósito - Como já mencionado, a manutenção daqueles que exercem integralmente a obra de Deus é o propósito do dízimo. Contudo,  além disso por meio dele exercitamos a fé na providência divina e no seu cuidado em nos manter. 

  • Ao mesmo tempo, entendemos a maneira como o Criador trabalha:
  1. Ele dá (graça);
  2. Nos devolvemos (gratidão). 

F. Bruto ou líquido - Usando como base a história da viúva de Sarepta (assim como poderia ter sido utilizado o relato da viúva pobre que ofertou no templo, nos dias de Jesus), o ponto levantado é que pela fé devemos devolver a Deus o que Ele pede em primeiro lugar e antes de tudo. 

  • Essa lógica nos leva a crer que a aplicação do percentual do dízimo deve ser feita: 
    • Sobre o bruto recebido - assalariados;
    • Sobre o lucro dos serviços - autônomos.
      • No entanto, devemos levar em consideração que o dízimo é uma expressão de fé entre o adorador e Deus. Logo é o adorar que terá de decidir, neste caso, sobre qual base aplicará o percentual. Lembrando sempre que a orientação divina se refere a "todo a sua renda".

G. Um dízimo honesto e fiel - Quando trata-se do dízimo a Bíblia, nossa regra de fé, mostra que nossa parte nesta relação é sermos fiéis e honestos. Administrar com sabedoria o que nos é confiado e devolver a Deus o que foi solicitado. 

  • Não somos autorizados a arbitrar, mudar ou alterar o que por Deus já foi estabelecido. Nossa parte é desempenhar ou não, fé no Senhor. 
  • Mais do que entender, é uma questão de fé.

Destaque:

A. Para os cristãos, que tem a Bíblia como regra de fé e base para a tomada das decisões, sabemos o que Deus pede (fidelidade), no que (em toda a nossa renda), sob qual percentual (10%), para serem entregues onde (na Casa do Tesouro - a igreja), para qual finalidade (manutenção daqueles que se dedicam integralmente a obra de Deus e ao avanço de sua obra).

Aplicação:

A. Deus nunca pedirá de nós parte daquilo que Ele já não tenha nos dado antes. Assim, ocorre com o amor, a fé, a paciência, o tempo (sábado),  e com o recurso/bênção (dízimo). Primeiro, Ele nos dá, depois Ele espera que sejamos fiéis.  É uma relação entre a graça de Deus e a fidelidade, obediência e gratidão humana.

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