O processo do juizo

A. 2 Coríntios 5.10

B. Em suma, todo processo de julgamento não se realiza a fim de convencer o réu de sua culpa ou inocência. O processo se dá com o fim de demonstrar aos presentes e mesmo a sociedade a culpa ou inocência do réu. Bem como a transparência e justiça com a qual o processo foi conduzido. Isso ocorre por que além das partes envolvidas, a sociedade em geral precisa conhecer a verdade. Culpa ou inocência.  O mesmo ocorrerá no céu. O tribunal divino se reúne e seu veredito não tem como objetivo a divindade, mas sim os serem criados de todo o universo. A nós será demonstrado a justiça e inocência de Deus e, a culpa do inimigo. 

C. O juízo final – A doutrina bíblica de um juízo final põem de lado a ideia não bíblica de que ao morrer, com base em nossas obras, temos acesso direto a salvação e vida eterna ao lado dos anjos no céu. Ou a condenação por meio do inferno. Se “no final” Deus retribuirá a cada segundo suas escolhas e obras, não há espaço para crer numa recompensa imediata a morte.

i. Outro ponto importante é que todos compareceremos diante do tribunal. 

1. Uns para a condenação;

2. Outros para a salvação.

a. Independente do resultado, no fim, ninguém terá se salvado por seu próprios méritos. Tal privilégio será outorgado pelos méritos de Cristo.

D. Juízo pré-advento ou investigativo - A ideia de um juízo antes da volta de Jesus se baseia no fato de que junto a sua vinda Jesus trará condenação e salvação. 

i. Se ao retornar Jesus condena e absolve isso nos leva a crer que antes de sua vinda, ou seja, em nossos dias, já está em operação um processo de investigação e juízo no céu. Caso contrário os salvos não poderiam ser declarados justos (inocentes).

E. Juízo milenar ou comprobatório – Em todo processo judicial, as matérias, documentos ou provas que levaram a tomada de decisão ficam a disposição daqueles que estão participando do processo. No juízo de Deus não é diferente.

i. E qual a necessidade desse procedimento? Uma vez que é Deus quem tomará a decisão sobre a vida humana, Ele fará com base em evidências e provas (Livros-registros). Uma vez tomada a decisão tais livros estarão disponíveis para os salvos verificarem se a decisão tomada foi justa ou não.

1. A divindade trabalha com transparência e honestidade, logo as evidências e provas precisam ser analisadas por todos os que desejarem. Por isso, essa fase é chamada de juízo de comprovação ou comprobatório.

F. Juízo executivo – Na primeira fase do juízo divino Deus empreende a investigação de cada caso individualmente. Na segunda, Ele dará aos salvos a oportunidade de analisar cada decisão. Esta será a fase de confirmação. Já na terceira e última fase, Ele executará o derradeiro processo de punição eterna.

i. Segundo a Bíblia a justiça e a punição pertence a Deus. E, embora, alguns já tenham recebido uma amostra desta justiça punitiva (Sodoma e Gomorra), a punição final e completa ainda não foi processada. 

1. Devemos, por isso destacar que, somente Deus sabe equilibrar de modo perfeito amor e justiça. E, neste equilíbrio, ser justo e misericordioso.

G. A segunda morte – Um ato de misericórdia e bondade da parte de Deus para com os ímpios. Esse é o resumo e resultado deste processo de julgamento que resultará em livramento (justos), e punição (ímpios).

i. Ademais, a Bíblia alinha, como sinônimos a “segunda morte” e o “lago de fogo”.

ii. Textos como Malaquias 4.1, Apocalipse 20.14 e 15 e, 21.8 destacam que:

1. Este evento terá lugar no futuro. Ou seja, não está em curso no presente, mas ocorrerá no final do processo judicial de Deus.

2. Colocam em paralelo sinônimo ambos os eventos a segunda morte e o lago de fogo.

a. Logo, o lago de fogo e a segunda morte são o mesmo evento e terão lugar no futuro.

2. DESTAQUE 

Ao refletir sobre o juízo, devemos ter em mente que somos salvos pela graça (Is 55:1; Ef 2:8-10), justificados pela fé (Gn 15:6; Rm 5:1) e julgados pelas obras (Ec 12:14; Mt 25:31-46; Ap 20:11-13). A base do juízo é a lei moral resumida nos Dez Mandamentos (Ec 12:13, 14; Tg 1:25; 2:8-17). As obras são evidências externas da genuinidade da experiência salvífica e, consequentemente, serão avaliadas no juízo.

3. APLICAÇÃO 

A ideia de um juízo que será pronunciado somente no final reforça a ideia de que todos os homens nascem predestinados. Contudo, tal predestinação não determina nosso fim, mas sim o desejo de Deus. Pois todos fomos predestinados a salvação. O que pode modificar essa status é nossa capacidade de crer nisto e, pela fé, viver e obedecer a esse chamado divino. 

Pr. Vítor Ribeiro – Missão Global – AML

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