Os Crisóis da Vida
1 Pedro 4.12 e 13
A. A primeira metade da década de 60 depois de Cristo, período em que Pedro escreve sua primeira epistola foi um período marcado por eventos que colocaram os cristãos sob as investidas e ataques do inimigo. Expostos aos ataques tanto internos (espirituais), como externos (perseguições), os cristãos precisaram ser advertidos que o “fogo das provações” não era “estranho”. Pelo contrário, era o meio utilizado por Deus a fim de “prová-los”.
i. A função do Crisol:
1. Derrete substâncias;
2. Prova e;
3. Causa ou influência mudanças e desenvolvimento.
B. Surpresas – Para aquele que constantemente se submete a instrução de Deus as provas não são surpresas.
i. Do mesmo modo que para o aluno, ser submetido a avalição pelo professor não é surpresa. Visto que o professor esta ali para ensinar, o aluno para aprender e, a avalição (prova) é o instrumento que será utilizado para “avaliar” o aprendizado e desenvolvimento do aluno.
1. A Avaliação do discípulo faz parte do processo de discipulado.
C. Crisóis de Satanás – Infelizmente, hoje, somos ensinados a considerar a realidade da existência do inimigo como algo “mítico”. Uma invenção para justificar as ações que fogem ao controle de Deus. Ou para explicar as ações de Deus ao causar o mal e o bem. Contudo, os autores bíblicos não criam assim.
i. O inimigo é real e suas ações devem ser consideradas com o máximo de seriedade.
D. Crisóis do Pecado – Vivemos num contexto de “causa e consequência”, ação e reação. Não podemos fugir disso. Logo, devemos considerar que nossas escolhas, ações e reações, todas elas serão seguidas de consequências equivalentes.
i. No texto de Romanos 1.18 a ira divina é simplesmente o ato divino de permitir que os seres humanos colham o que semearam.
E. Crisóis de purificação – Jeremias 9.7 deixa claro que Deus tem como objetivo “depurar e provar” seu povo.
i. Uma vez que a depuração envolve “mudança”, precisamos estar cientes que o processo envolve “deixar” aquilo que faz parte de nos mas que precisa ser “abandonado”.
1. Logo, o crisol nos levará a uma decisão:
a. Nos apegar ao que precisa ser abandonado e sermos destruídos;
b. Ou, deixar, abandonar o que precisa ser abandonado e sermos purificados (santificados).
F. Crisóis de maturidade – João 15.1 e 2 ilustra que tanto para cortar os ramos infrutíferos como para limpar os ramos que estão produzindo há a necessidade do uso de um instrumento de corte. Noutras palavras, em ambas as ações haverá dor e dificuldade.
i. Logo, nenhum cristãos esta isento da dor e da dificuldade no processo de crescimento, purificação e santificação. Paulo compreendeu isso.
1. Para ele o espinho havia sido “dado”;
2. O espinho tinha um “propósito” e;
3. O espinho foi um meio de não deixá-lo pecar.
a. O reconhecimento de uma possível fraqueza nos ajuda a compreender que dependemos, “permanentemente”, do poder de Deus. E, por meio dele, podemos vencer.
2. DESTACAR
A. Muitos compreendem que ao aceitarem a Cristo e se submeterem a obediência de seus mandamentos estarão isentos de serem assediados pelo sofrimento. Esse pensamento é equivocado. Visto que é quando tomamos a decisão de nos colocarmos ao lado de Cristo que mais somos perseguidos pelo inimigo. Assim, devemos entender que a “prova” é um instrumento de Deus a fim de nos aperfeiçoar e, verificar se de fato colocaremos as instruções e ensinamentos de Deus em pratica. Logo, as provas, por mais difíceis que possam parece, são meios de nos aproximar de Deus e de nos preparar para a vitória final.
3. APLICAÇÃO
A. Como vimos, uma das funções do crisol é “influenciar no processo de mudança e desenvolvimento”. Logo, Deus sabe que uma das formas de nos desenvolver e nos alterar o caráter para a salvação é nos expor a tais situações. Contudo, compreendendo que o inimigo esta ao nosso redor a fim de nos destruir, é sábio de nossa parte, aceitar a provação de Deus e sermos aperfeiçoados e preparados para resistir as investidas do inimigo.
Pr. Vítor Ribeiro – Missão Global – AML
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