Regras de engajamento - Comentário LES
1 João 3:8
Quanto tomamos como base o que a Bíblia revela sobre o conflito existente entre o inimigo e Deus, somos levados a reconhecer que, nada ocorre neste mundo por acaso. Isso porque, enquanto Deus trabalha para prover suficientes evidências de Seu caráter, a fim de que, possamos conhecê-lo e aceitar Seus planos para nós. O inimigo, por outro lado, trabalha para prover suficientes evidências de seu caráter e oferecer o que desejamos para que aceitemos os seus planos para nós. No fim, em meio a um ambiente polarizado e dividido, são nossas escolhas, decisões, ações e, principalmente, o que praticamos (vivemos), que determina de que lado estamos ou que lado estamos escolhendo. Isso porque, aquele que prática a justiça (mantém-se obediente a vontade de Deus) revela ser filho de Deus. Aquele, porém, que prática o pecado (desobediência a vontade de Deus) revela ser filho do inimigo, filho do diabo. E, uma vez que o Filho de Deus se revelou para destruir as obras do diabo, aqueles que escolhem manter-se na prática do pecado, juntamente com ele, serão destruídos. Em resumo, neste conflito só há dois lados, um de Deus e outro do inimigo.
Objetivo: Destacar que as escolhas, ações e práticas que realizamos revelam de que lado estamos no conflito cósmico e, nossa verdadeira filiação.
A. Um anjo atrasado - Daniel 10, descortina diante do leitor a clara demonstração de que vivemos em meio a um conflito cósmico.
- O texto descreve o momento em que Daniel vai a Deus em busca de respostas.
- Resposta está que Deus desejou enviar a Daniel no início de suas orações.
- Contudo, não foi possível pois o "principe" do reino da Persia se opôs a ordem divina.
- Logo, a resposta que Daniel esperava demorou pois o anjo foi atrasado.
- Contudo, quem é o príncipe do reino da Persia?
- O mesmo identificado como príncipe deste mundo: Satanás (cf. João 12:31 e 14:30).
- Segundo o texto, durante três semanas ele esteve tentando influenciar o rei Ciro a não agir de acordo com a vontade de Deus. Mas foi vencido pelo poder do príncipe do céu, Miguel.
B. O dragão do Apocalipse - Assim como descrito em Daniel, o inimigo, ao longo do tempo, tem utilizado poderes terrenos para exercer seu poder e colocar em prática seus planos.
- Apocalipse 13 revela que o dragão "deu" seu poder e autoridade a besta do mar a fim de que, está exerça seu pode diante do mundo.
- Isso faz com que poderes políticos-religiosos tenham condições de colocar em prática os planos do inimigo contra o povo de Deus e Sua obra.
- Deste modo, assim como o inimigo tentou influenciar Ciro, rei da Persia, ele continua tentando e influenciando reis e autoridades humanas a seguir seus planos.
C. O caso de Jó - O livro de Jó, mais do que qualquer outro livro, revela como o conflito entre Deus e o inimigo envolve o ser humano.
- No desejo de provar que o caráter de Deus é injusto e que Sua vontade não pode ser colocada em prática por Suas criaturas, o inimigo, procura provar suas acusações usando o ser humano, nos acusando de adorar a Deus em troca do que recebemos dele.
- No intuito de provar que o inimigo está errado, Deus permite que sejamos provados.
- É nesse contexto que o Senhor retira parte de Sua proteção para que, submetidos as investidas e ataques do inimigo, pela fé, possamos nos manter firmes a vontade Deus e Suas promessas.
- Deus não precisa de nós para provar Seu caráter. Mas permite que sejamos tentados pelo inimigo para provar o nosso caráter.
D. O príncipe (temporário) deste mundo - O evangelho de Lucas 4:6 revela, de modo claro que, o governo ou principado deste mundo foi entregue as mãos do inimigo de Deus. Com isso ele tem agido e controlado este mundo com certas liberdade.
- No entanto, nota-se que, mesmo ele sendo o príncipe deste mundo, seu poder e liberdade são limitados.
- O caso de Jó, que vimos acima revela isso.
- Tanto o inimigo como Deus seguem regras previamente estabelecidas das quais não temos acesso completo.
- Contudo, é fácil concluir que uma destas regras envolve o livre-arbítrio.
- Visto que, temos escolha para determinar qual caminho seguiremos e quais propostas aceitaremos. Assim como foi com Jesus no deserto da tentação.
E. Limites e regras - Como todos os casos judiciais, o conflito cósmico trata-se de um processo onde o caráter de Deus está sendo colocado a prova.
- Como num processo legal, quando uma pessoa é acusada ele tem o direito de se defender apresentando provas de sua inocência.
- O mesmo tem ocorrido com Deus.
- No entanto, para que isso seja possível há a necessidade de tempo.
- E, é justamente por isso que, o Senhor ainda não deu cabo do mal e seus agentes. Pois a verdade e o erro precisam ser colocados a prova a fim de que os "jurados" possam, com certeza, escolher o lado que está certo.
- Isso nos ajuda a entender porque, o mal ainda existe no mundo e como Deus está lidando e lidará, de modo definitivo, no final.
Destaque:
A. Assim como ocorre com tudo, no conflito entre Deus e o inimigo há regras. Deus sendo um Deus de amor, age e reage com base o amor e na verdade. Já o inimigo, gozando da liberdade concedida por Deus, age e reage com base na maldade e na mentira. Contudo, por que Deus oferece tal liberdade de ação ao inimigo? Porque se assim não fosse, não teria ele a oportunidade de apresentar seus argumentos contra o caráter de Deus. E, nos, não teríamos oportunidade de, diante de cada argumento, avaliar ambos os lados e, tomar nossa decisão e fazer nossas escolhas. Só assim é possível decidir de que lado iremos nos engajar nessa batalha.
Aplicação:
A. A cada tentação vencida damos ao universo e ao inimigo prova de que é possível viver de acordo com a vontade de Deus. A cada tentação que nos derrota, damos ao inimigo argumento para alegar que Deus está errado.
Pr. Vitor de Oliveira Ribeiro - Jaíba - MMN - USeB
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