O selo de Deus e a marca da Besta - Comentário LES

Apocalipse 7.2 e 3

A. Sabemos que a medida que a história da humanidade caminha para seu fim, as duas forças em oposição: Deus e o adversário (Satanás), farão arranjos para que seus servos tomem posição para a última "batalha". Neste momento histórico os princípios e fundamentos que deram origem a discórdia serão claramente revelados e todos, indiscriminadamente, terão de tomar uma decisão. Aceitar e se submeter a autoridade de Deus e render adoração a Ele. Ou, aceitar e se submeter a autoridade do inimigo e render adoração a ele. Tomada a devida decisão, ambos os grupos se distinguiram por meio do "selo de Deus - Obediência aos Mandamentos" e a "marca do inimigo - Desobediência aos Mandamentos".  

B. Perseverança - Será neste momento da história que a mesma tenacidade e resolução que vemos em Cristo, mesmo diante dos mais cruéis ataques do inimigo, terão de ser o exemplo que deveremos seguir. 

  • Assim como Jesus perseverou em meio a tentação e angústia nos também teremos de perseverar. 
  • Não retroceder nem mesmo um milímetro é o que poderá garantir nossa vitória por meio do sangue de Cristo ou, assegurar nossa rendição e derrota.

C. A fé de Jesus - Apocalipse 12.17 aponta que a última investida do inimigo será a fim de levar os servos de Deus a duvidar da salvação e vitória de Cristo em seu favor. Neste momento o foco do adversário está sobre aqueles que se mantiverem fiéis "ao mandamento de Deus e tem a fé de Jesus".

  • Mais uma vez o foco está na autoridade divina (mandamentos). 
  • Mas o que significa ter a fé de Jesus? 
    • No momento mais difícil do ministério de Jesus (cruz), o pecado do mundo estava sobre Ele. Isso o fez ser separado da comunhão direta com o Pai. Visto que o pecado causa essa separação. 
    • Foi neste momento em que Jesus teve de confiar mais no poder e na presença de Deus. 
      • Embora tivesse poder para vencer a morte e voltar a vida por si só, todo seu ministério foi em dependência do poder de Deus por meio do Espírito Santo, agora não poderia ser diferente. 
      • A fé demonstrada por Jesus naquele momento será a fé que deveremos ter nos últimos momentos da história.  Fé que creia e dependa unicamente da promessa e ação divina.

D. Perseguição - Contratidoriamente, a Bíblia não revela Deus Perseguindo pessoas para que o sirva ou o adore. No entanto, o inimigo fez e fará isso. Enquanto a adoração à Deus é baseada no amor, a adoração à besta será imposto pela dor. 

  • Como ocorreu no passado, muitos que acreditam estar prestando um serviço a Deus serão usados como instrumentos para forças as pessoas a aceitar as implicações do inimigo.
    • Essa perseguição começa com:
      • intolerância religiosa;
      • limitação comercial e por fim;
      • decreto de morte.

E. O poder e a autoridade da Besta - Apocalipse 13.2 aponta que Satanás age por meio de instituições humanas. No passado se utilizou de impérios como Roma e, desde sua queda, tem se utilizada da Igreja Católica, como substituto do "império e do próprio Cristo" na terra.

  • No entanto, não é difícil compreender que esse poder não age por meio do poder ou da autoridade de Cristo como se alega. 
  • Apocalipse 13.2 afirma que esse "poder e autoridade" vem do próprio Dragão, a antiga serpente que é o diabo e Satanás. O mesmo que desde Gênesis 3.1 a 4 se levantou em oposição a vontade de Deus.
    • Apocalipse 13.1 e 2 é sem dúvida alguma a prova de que Jesus não deu sua autoridade a homem algum. Como se alega com base nos evangelhos. 
      • Essa instituição ou igreja age com poder e autoridade que não vem do Senhor, mas sim do próprio inimigo de Deus.

F. O único Mediador - Segundo Apocalipse a besta (sistema religioso contrário a vontade de Deus), tem manifestado pelo menos três ações classificadas como "blasfêmia":

  1. Alega ter autoridade para perdoar pecados;
  2. Alega ser como Deus na terra e;
  3. Alega ser o intercessor entre o homem e Deus.
  • Ao longo da História a Igreja Cristã, no desejo de obter sobre o mundo a autoridade a ela não conferida por Cristo, desenvolveu um complexo sistema de crenças não fundamentadas no assim "diz o Senhor".
  • Dentre essas crenças está  ideia de que o "padre e o Papa" possuem autoridade para perdoar os pecados a ele confessados.
  • Essa ação não somente elevou o padre a posição de Cristo, mas também,  desviou os fiéis da verdadeira adoração e dependência de Jesus Cristo.
    • Com esse ato, agentes humanos, padres e o próprio Papa, colocar-se na condição de "anticristo".
      • Lembrando que, "anti" pode significar "contra" ou "no lugar de". Neste caso os líderes da igreja cristã se colocaram contra e no lugar de Cristo.

Destaque:

A. Apocalipse 7.2 e 3 apontam que antes que a Terra seja atingida e prejudicada pelas últimas pragas que serão lançados sobre ela a fim de punir os que não aceitaram render-se a autoridade de Deus. Como um ato de graça Deus "selara" e separará seu povo. No verso 3 são mencionadas algumas ações, a saber:

  1. "até marcarmos" - isso indica uma ação que será realizada por Deus, por meio da ação de seus anjos. Logo, o secamente não é uma ação humana, mas de Deus.
  2. "um selo" - se a ação é divina o selo também é divino. Ezequiel e Êxodo deixa claro que Deus tem um selo com o qual faz distinção e identifica seu povo. E, esse selo é o sábado.
    1. Vale destacar que a ênfase aqui não é simplesmente no dia em que devemos adorar, mas sim, em quem esse dia no "lembra ou nos chama" a adorar. A ênfase está em Deus e, no que esse dia declara que Ele fez, e não no dia em si.
  3. "testa" - o selo será posto na testa como símbolo de "entendimento ou encucar", como em Deuteronômio 6. Esta relacionado a decisão é escolha feita de modo racional. 
  4. "dos servos" - o texto dia que essa ação divina selara um grupo específico de pessoas. Não será uma ação direcionada a todo o mundo. Pelo contrário, alcançará somente o grupo dos "servos de Deus".
    1. Contudo, se estes já são servos de Deus, por que será necessário serem selados ou identificados? O enredo que ecoa a ação de secamente realizado em Êxodo 12 por ocasião da saída do povo do Egito por meio da Páscoa. Ao mesmo tempo, espelha Ezequiel 9.4 onde o povo está sendo separado para revelar que o juízo de Deus não irá alcançá-los. 
    2. Assim como na Páscoa, o sinal não é para os fiéis, nem tão pouco para Deus, mas para testemunhar da decisão e escolha de cada um.

Aplicação:

A. Uma vez que a palavra "anticristo" pode significar "contra" ou "no lugar de" Cristo, devemos nos pergutar: Será que já blasfemamos contra Deus? Lutando contra a sua vontade expressa na Bíblia? Ou mesmo, pretendendo ter sua autoridade em momentos de decisões e escolhas. Como se nós colocássemos no lugar de Deus?  Com facilidade observamos essas atitudes em outras pessoas ou instituições religiosas, mas somos incapazes de identificar a mesma atitude em nós.

  • A Bíblia, em mais de um verso, nos assegura que Deus tem um sinal ou selo que distingue aqueles que mantém um relacionamento com Ele e os que não tem. Segundo Gênesis, Êxodo, Isaías e Ezequiel esse selo ou sinal é apontado como sendo o dia de Sábado - dia escolhido por Deus para desenvolvermos um relacionamento mais significativo com ele.
    • No entanto, devemos levar em consideração a declaração divina registrada pelo apóstolo Tiago ao alegar que devemos nos esperar para obedecer a todos os Mandamentos. Visto que, o tropeçar em um nos trona culpados de todos.
      • Logo, embora a adoração à Deus no dia que ele escolheu seja importante, ter o selo de Deus esta relacionado a nossa disposição em "obedecer" a todos os Mandamentos apresentados por Deus. 
      • Assim, a ênfase não está em somente respeitar o 4° Mandamento mas a todos. 
        • O conflito final não será se você guarda ou não o sábado, mas se obedece ou não aos Mandamentos de Deus.

Pr Vitor Ribeiro - Sagrada Família - MMN - USeB  

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